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CONFIRMADO CASOS DE BOTULISMO

Com base em amostras de silagem de milho, a Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro) confirmou a causa da morte dos 1.100 bovinos em uma fazenda do Estado na última semana: botulismo. Em todos os materiais coletados havia toxinas botulínicas tipo C e D. “A presença destas toxinas no alimento dos animais, somada à investigação clínico-epidemiológica realizada na propriedade rural, permite a conclusão do caso com o diagnóstico de botulismo”, diz a nota técnica da entidade divulgada nesta sexta-feira (11/8).

O Iagro ressalta, portanto, que o caso não oferece risco de contágio a outros rebanhos, já que se trata de uma intoxicação alimentar.

- A bactéria produtora da toxina, está normalmente presente no ambiente e depende de condições favoráveis para o seu desenvolvimento, tais como matéria orgânica, alta umidade e anaerobiose, o que pode ser evitado com boas práticas e cuidados na formulação, conservação e armazenamento dos alimentos a serem fornecidos aos animais – diz o Iagro. Apesar da confirmação da suspeita, a investigação sobre o caso continuará com novos exames laboratoriais.

Em entrevista à Globo Rural, o diretor-presidente do Iagro, Luciano Chiochetta, disse que, além da silagem, os técnicos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, que foram os primeiros a chegar ao local onde o caso foi registrado, coletaram materiais de necropsia (basicamente, as vísceras dos animais), que devem ajudar no encerramento do caso. O diagnóstico divulgado nesta sexta-feira (11/8) se refere a 13 amostras de silagem de milho

Prevenção

O diretor-presidente do Iagro destaca que há vários tipos de vacinas contra botulismo, conforme o sistema de criação de animais, e que no caso da propriedade em Mato Grosso do Sul, a proliferação das bactérias provavelmente ocorreu pelo rompimento dos silos-bolsa onde a silagem estava armazenada.

- Constatamos pontos em que a lona foi rompida, isso pode ter sido por qualquer bicho que passou pelo local e buscava se alimentar. Deve ter ocorrido a contaminação ali, o que deu condições para as bactérias se proliferarem. Também notamos  bolor na ração – disse Chiochetta.

Quando os animais não vacinados ingerem alimentos com a toxina botulínica, a mortalidade é praticamente certa, conforme o diretor do Iagro, e no caso específico, os bois provavelmente se alimentaram em grande quantidade, já que estavam em confinamento (fase final de criação antes do abate).

Fonte: Revista Globo Rural



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