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COMPETITIVIDADE ACIRRADA

De acordo com o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e especialista em agronegócio, Carlos Eduardo Dalto, a compra da Monsanto e  pela Bayer, negócio firmado nesta quarta-feira (14/9), deve ter reflexos positivos para o mercado, pois permitirá a formação de alternativas de produtos mais robustas, que aumentarão a competitividade.

- As duas empresas farão uma composição de seus produtos. Uma é especialista em defensivos e a outra em sementes. A partir do momento que ocorre a fusão, juntam-se os portfólios, o que dá espaço para a criação de pacotes de produtos mais completos no mercado – afirma.

Para o professor, o mercado de sementes e defensivos não ficará totalmente na mão da nova companhia que se forma com a fusão.

- Há muitas outras empresas menores que também são fortes. Fala-se bastante na formação de um truste, e isso é um possível ponto negativo da fusão, mas eu não acredito que será assim. Penso que haverá mais competitividade por causa de uma eficiência maior das operações, que passarão a ser em redes, não mais em cadeia – diz.

Sobre a mudança do modelo de cadeia de produção para rede de negócios, o professor explica que antes as empresas atuavam apenas na fabricação e venda de seus produtos. Com as aquisições, as companhias passam a ter outras formas de atuação no mercado e de interação com seus clientes,

- Hoje, a empresa que opera em redes não só fabrica e vende, mas também importa e distribui. Há muito mais ofertas de serviços e produtos perante o mercado – afirma.

Para o professor, as grandes fusões também são formas de fazer frente à competição internacional.

- Empresas chinesas e indianas, por exemplo, têm realizado esse tipo de compra nos últimos anos. Como a chinesa ChemChina, que comprou a Syngenta em fevereiro. Portanto, as empresas também optam por esse tipo de ação estratégica para não ficar atrás das concorrentes – afirma.

Fonte: Revista Globo Rural



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