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COM FOCO NO SAFRA DA AMÉRICA DO SUL, SOJA INICIA SESSÃO DESTA 6ª FEIRA COM LEVES QUEDAS

As cotações da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta sexta-feira (13) do lado negativo da tabela. As principais posições da commodity exibiam quedas entre 3,75 e 4,75 pontos, por volta das 8h04 (horário de Brasília). O vencimento novembro/15 estava estável em US$ 8,69 por bushel, já o contrato março/16 era cotado a US$ 8,59 por bushel.
O mercado voltou a cair depois de fechar o dia anterior com leves altas. Nesta quinta-feira, as cotações encontraram suporte no anúncio da venda de 300 mil toneladas de soja americana para a China. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2015/16. Com isso, os traders aproveitaram para recomprar posições.
Diante da finalização da colheita norte-americana, o foco do mercado se volta ao plantio do grão na América do Sul. Até o dia 6 de novembro, a semeadura do grão já estava completa em 49% da área projetada para o Brasil.
"Acreditamos que o mercado ainda não tenha precificado esse início de temporada no Brasil. Ainda temos alguns problemas com o clima adverso no norte de Minas Gerais, parte de Goiás, no Tocantins e nos estados do Nordeste, como Maranhão, Piauí e Bahia. Porém, temos lavouras excelentes no Paraná, Mato Grosso do Sul, sul de MG, São Paulo. Já no Mato Grosso, o cultivo do grão evoluiu bem", explica o consultor de mercado França Junior Consultoria, Flávio França Jr.
Confira como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Soja: Demanda dá suporte e mercado fecha sessão desta 5ª feira com leves ganhos na CBOT
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros da soja fecharam o pregão desta quinta-feira (12) com ligeiras altas. Depois de testar os dois lados da tabela, as principais posições da commodity finalizaram o dia com ganhos entre 0,75 e 3,50 pontos. O contrato novembro/15 era cotado a US$ 8,69 por bushel, já o vencimento março/16 era negociado a US$ 8,64 por bushel.
De acordo com informações das agências internacionais, as cotações da oleaginosa acabaram encontrando suporte no anúncio da venda de 300 mil toneladas de soja norte-americana para a China. O volume comprometido será entregue na temporada 2015/16. Os dados foram reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta-feira.
Frente à conclusão da safra americana, cerca de 95% da área já foi colhida, o consultor de mercado da França Junior Consultoria, Flávio França Jr., destaca que o principal foco dos investidores  é o andamento do plantio da soja na América do Sul, principalmente no Brasil. Ainda segundo levantamento realizado pela consultoria, até o dia 6 de novembro, a semeadura do grão já estava completa em 49% da área projetada para o país.
"Acreditamos que o mercado ainda não tenha precificado esse início de temporada no Brasil. Ainda temos alguns problemas com o clima adverso no norte de Minas Gerais, parte de Goiás, no Tocantins e nos estados do Nordeste, como Maranhão, Piauí e Bahia. Porém, temos lavouras excelentes no Paraná, Mato Grosso do Sul, sul de MG, São Paulo. Já no Mato Grosso, o cultivo do grão evoluiu bem", explica o consultor de mercado.
Contudo, o agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos, alerta que em São Paulo, Mato Grosso do Sul, metade sul de Minas Gerais, extremo sul de Goiás e partes de Mato Grosso a perspectiva é de somente eventuais pancadas de chuvas para essa semana. O que pode manter as condições desfavoráveis para a continuidade dos trabalhos nos campos.
"E para as lavouras já estabelecidas a ausência de chuvas já vem causando preocupações, uma vez que existem propriedades no Centro-Oeste e também em Minas Gerais que estão a mais de 20 dias sem registro de se quer, uma gota de chuva. Mas a boa notícia é que os modelos de previsão continuam prevendo o retorno delas já no começo da semana que vem. Sendo que maiores volumes e maior abrangência deverão ocorrer somente em meados da semana", disse o agrometeorologista.
Paralelamente, o consultor ainda ressalta que os boletins de vendas, embarques e exportações semanais nos EUA devem ser acompanhados e podem influenciar positivamente os preços no mercado internacional. "Assim como aconteceu nesta quinta-feira com o anúncio de uma nova venda do grão para a China", afirma França.
Além disso, a retenção das vendas por parte dos produtores norte-americanos também contribuem para a sustentação das cotações e evitam quedas mais expressivas, conforme ressalta o consultor. Esse inclusive foi um dos fatores que fez com que as cotações não quebrassem o suporte de US$ 8,50 por bushel, segundo dizem os analistas.
"E para compor esse cenário, ainda temos os impactos do El Niño no restante da produção mundial de grãos. Temos perdas já consolidadas na Ucrânia, Austrália e China, informações que seguem no radar dos investidores", relata o consultor.
Devido ao feriado do Dia dos Veteranos, comemorado nesta quarta-feira (11) nos Estados Unidos), o boletim de vendas para exportação será divulgado nesta sexta-feira (13).
Mercado interno
As cotações da soja nos portos brasileiros registraram leves altas nesta quinta-feira (12). A saca do grão no Porto de Rio Grande terminou o dia a R$ 82,00, com ganho de 1,23%. Já a saca para entrega em maio/16 encerrou estável a R$ 77,00. No terminal de Paranaguá, a cotação do grão disponível ficou em R$ 82,00 e o preço da saca para entrega maio/16 a R$ 74,50, com valorização de 0,68%.
Apesar dos leves ganhos no mercado internacional, o dólar recuou e fechou o pregão a R$ 3,7672 na venda, com queda de 0,06%. Durante o dia, a moeda chegou a subir mais de 1% e chegou a R$ 3,8270 na máxima da sessão. Os cenários político e econômico no Brasil permanecem em foco.
Conforme dados da agência Reuters, o mercado reagiu às dúvidas sobre a possibilidade do aumento da taxa de juros nos EUA em dezembro. Por outro lado, a Comissão Mista do Orçamento (CMO) do Congresso impediu o abatimento na meta de superávit fiscal em 2016, o que acabou aumentando a rigidez fiscal frente às intensas desconfianças sobre as contas públicas.
Ainda na visão do consultor, no caso da soja, as vendas acontecem de maneira bem pontual no Brasil. "Até porque tivemos um recuo nos preços, depois da acomodação do dólar. Da safra 2015/16, faz cerca de duas semanas que as negociações acontecem pontualmente. Mas, os produtores já venderam boa parte da safra e agora estão focados no plantio e na garantia de boa produtividade", completa.
Até o dia 6 de novembro, em torno de 43% da safra brasileira já havia sido comprometida, ainda conforme levantamento da França Junior Consultoria. No mesmo período do ano anterior, cerca de 16% da safra 2014/15 havia sido negociada e a média dos últimos cinco anos é de 31%. Para essa temporada, a perspectiva é que sejam colhidas mais de 100 milhões de toneladas do grão no país.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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