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CLIMA X PLANTA NO RS

O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Homero Bergamaschi, falou, no último dia 3, sobre “Pesquisas em relações clima-planta pela UFRGS e seus parceiros” na Casa da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) na Expointer. A palestra integrou o tema de debate “Importância da relação clima-planta na produção agrícola”.

Bergamaschi expôs as principais linhas de pesquisa desenvolvidas pelo grupo de Agrometeorologia da UFRGS, em parceria com a Fepagro, a Embrapa Trigo e a Embrapa Uva e Vinho.

- Desses, a Fepagro sempre foi nosso parceiro mais forte, até porque eu integrei aquele grupo por quase 10 anos, no antigo Instituto de Pesquisas Agronômicas (Ipagro) – relembrou.

Segundo o professor, trata-se de uma história de cerca de 40 anos de trabalhos de pesquisa, com uma ampla base de experimentação de campo. O objetivo foi atender às demandas mais importantes da agricultura gaúcha e da região subtropical do Sul do Brasil.

- Hoje, podemos dizer que temos parâmetros e conhecimentos técnico-científicos suficientes para atender às principais demandas dos nossos produtores, frente aos principais problemas de natureza climática. E sempre atuamos de forma conjunta com a extensão rural, através de encontros, reuniões técnicas e publicações, em vários níveis, tanto tecnológico quanto científico – disse.

Conforme Bergamaschi, o enfoque do grupo pode ser esquematizado em três rumos: avaliar as principais limitações climáticas; determinar as necessidades climáticas de cada cultura e as respostas das plantas aos estresses causados por eventos meteorológicos adversos; e avaliar e propor tecnologias para os sistemas de produção, para minimizar os impactos de fenômenos meteorológicos adversos.

- Contribuições importantes, como zoneamento de culturas; emprego da irrigação e manejo racional da água e do solo; calendários de semeadura e plantio de culturas; cultivo em ambiente protegido; monitoramento de safras; e outras aplicações importantes sempre foram nossas metas. Ou seja, nossas pesquisas sempre estiveram voltadas à solução dos principais problemas de natureza climática da nossa agricultura – explicou.

Ele esclareceu que a variabilidade climática sempre foi o maior fator de risco para a agropecuária gaúcha e brasileira.

- Nesse contexto, também estão incluídos aspectos relacionados a fatores que influenciam o nosso clima, como o fenômeno El Niño e outros – disse ele.

O professor acrescentou que, atualmente, as atenções se voltam às mudanças climáticas.

- Nesse sentido, nossa base de conhecimento, associada às áreas correlatas da fitotecnia e das ciências do solo, são indispensáveis para melhor adequar nossos sistemas de produção aos cenários futuros de mudanças climáticas. Tudo isso, dentro de sistemas de produção eficientes e sustentáveis – concluiu.

Fonte: Fepagro



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