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CHUVA FICARÁ ABAIXO DA MÉDIA EM DEZEMBRO

El Niño fraco no verão e no outono brasileiro. Em boletim atualizado em 8 de novembro, o Centro Americano de Meteorologia e Oceanografia (NOAA) manteve o cenário de aquecimento do Pacífico com formação de um fraco El Niño durante o verão do Hemisfério Sul. Uma novidade foi a afirmação de que o fenômeno também deverá prolongar ao longo do outono de 2019. Neste momento, no entanto, apesar do Pacífico aquecido desde meados de 2018, a atmosfera ainda não responde como El Niño. Estamos sob transição.

Apesar da chuva tropical brasileira ter começado mais cedo, situação típica de primaveras sob aquecimento do Pacífico, a temperatura do ar no Sul e Sudeste está baixa. Até agora, não fez calor no centro e sul do Brasil. De qualquer forma, embora o El Niño seja fraco, ele irá trazer mudanças no padrão de chuva e temperatura para o Brasil neste verão e ao longo de todo o primeiro semestre de 2019. Começando-se pelo centro e sul do Brasil, a estiagem registrada no verão passado no centro, sul e oeste do Rio Grande do Sul, além de Uruguai e Argentina, não acontecerá em 2019. A chuva também será mais frequente em Santa Catarina e Paraná, avançando para São Paulo e Mato Grosso do Sul, lembrando que os três últimos Estados sofreram com uma estiagem prolongada que começou em fevereiro em alguns municípios paulistas e posteriormente espalharam para Paraná e Mato Grosso do Sul.

Apesar da menor chance de estiagens, as Regiões Sudeste e Centro-Oeste devem registrar menos invernadas, que são aqueles dias fechados, chuvosos e com temperatura baixa. Trata-se de uma boa notícia para uns e má para outros. Setores como a agricultura, turismo e a indústria de condicionadores de ar se beneficiam de verões sob aquecimento do Pacífico. Por outro lado, a recomposição de reservatórios para geração de energia elétrica e abastecimento das cidades será mais afetada. Olhando-se para o Norte e Nordeste, Regiões que receberam chuva mais frequente e intensa no verão passado, para 2019, a tendência é de chuva mais irregular, especialmente entre janeiro e fevereiro. E por fim, com relação à temperatura, o Brasil terá um verão 2019 mais quente que a mesma estação passada com calor mais persistente ainda em dezembro de 2018.

Temperatura – Previsão Geral

Em dezembro, mesmo com as janelas de tempo seco, a temperatura não subirá muito. Mesmo com tardes com temperaturas em elevação, as madrugadas serão com temperaturas amenas. A partir de Janeiro o calor aumenta e as temperaturas tendem a ficar acima da média, assim como o mês de fevereiro deverá ser com temperaturas mais elevadas do que o normal.

Precipitação – Previsão Geral

Para áreas produtoras de arroz no Rio Grande do Sul, a condição climática para dezembro será de chuva abaixo da média no Estado, com uma janela mais longa de tempo mais seco na primeira quinzena do mês. O desvio negativo mais acentuado será esperado para o oeste e norte gaúcho, porém sem ausência completa de chuva. A chuva acontecerá a partir do meio do mês, porém ainda não deve alcançar a climatologia. A previsão de configuração do El Niño nos primeiros meses de 2019 tem como principal consequência para as áreas produtoras de arroz do Rio Grande do Sul uma maior frequência e intensificação das frentes frias. Janeiro será com chuva acima da média, com episódios de chuva a partir da metade do mês. Porém, o fato do fenômeno só se instalar no verão e com intensidade variando de fraca a moderada contribui para reduzir eventuais riscos de estiagem para a produção da lavoura de arroz. Espera-se que o mês de fevereiro seja semelhante a janeiro, com chuva acima da média, apenas no extremo sul gaúcho a chuva será mais fraca que o normal.

Fonte: Instituto Riograndense do Arroz



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