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CAFÉ: APÓS FORTE VOLATILIDADE ONTEM, BOLSA DE NOVA YORK OPERA NA CAMPO MISTO NESTA MANHÃ

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam no campo misto nesta manhã de quarta-feira (2). O mercado busca direcionamento após oscilar dos dois lados da tabela na sessão anterior acompanhando o câmbio, as chuvas no cinturão produtivo do Brasil e informações sobre a safra de outras origens produtoras.
Por volta das 09h09, o vencimento o março/16 tinha 119,55 cents/lb com recuo de 35 pontos, o maio/16 operava com 121,65 cents/lb e 40 pontos de desvalorização, enquanto o contrato julho/16 registrava 124,70 cents/lb com avanço de 55 pontos.
Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: Após cair mais de 100 pts, Bolsa de Nova York vira acompanhando câmbio e fecha praticamente estável nesta 3ª
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), referência para os negócios no Brasil, fecharam praticamente estáveis nesta terça-feira (1º), após ficar a maior parte do dia do lado vermelho da tabela. O mercado repercutiu até quase o fim do pregão as chuvas no cinturão produtivo do Brasil, que tem beneficiado as lavouras, o dólar e informações otimistas sobre a safra de outras origens produtoras. No entanto, os investidores tiveram cautela e o mercado finalizou o dia com ganhos de 25 pontos.
O vencimento dezembro/15 encerrou a sessão cotado a 117,15 cents/lb, o março/16 anotou 119,90 cents/lb, o contrato maio/16 fechou o dia com 122,05 cents/lb e o julho/16 teve 124,15 cents/lb. Todos com 25 pontos de valorização.
Para o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os fechamentos nesta terça-feira para as bolsas de café podem ser considerados neutros. No entanto, ele ressalta que a alta do dólar ante o real ontem e as previsões de chuva no cinturão produtivo do Brasil ainda deixam os níveis externos fragilizados. "Os investidores tiraram o dia para consolidar os recentes movimentos especulativos já que no front externo não houve fatos novos", afirma Magalhães.
Durante a maior parte do dia as cotações do café arábica em Nova York exibiam perdas acima de 100 pontos, estendendo a sequência de dois pregões consecutivas de baixa. O mercado sentia pressão de uma soma de fatores baixistas, o câmbio, as chuvas no cinturão produtivo do Brasil e informações otimistas sobre as safras da Colômbia e do Vietnã.
De acordo com agências internacionais, o avanço do dólar ante o real era o principal fator de pressão aos futuros pela manhã. "Isso [escândalos políticos no Brasil] está colocando pressão sobre os preços do café porque o Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, de longe", informou um representante do banco Commerzbank em matéria da agência de notícias Bloomberg nesta terça-feira.
Após atingir R$ 3,9045 na máxima da sessão, a moeda acabou fechando com baixa de 0,81%, cotada a R$ 3,8549 na venda, após números sobre a economia dos Estados Unidos apontarem a possibilidade de aumento nos juros norte-americanos ainda neste mês. O dólar menos valorizado ante o real desencoraja as exportações.
As informações de chuva no cinturão produtivo do Brasil, que têm beneficiado o desenvolvimento das lavouras, também repercutem no mercado. Mapas climáticos da Somar Meteorologia apontam bons volumes de chuva em praticamente todas as áreas produtoras nesta semana, com destaque para o Vale do Rio Doce, que poderá receber volumes acima de 150 milímetros.
Dados de outras origens produtoras também derrubaram os preços ontem. A Colômbia, segundo maior produtor de arábica, deve ter boa produção da variedade na próxima temporada e o Vietnã, maior produtor de robusta para café instantâneo, também promete colheita considerável e tem exportado café em uma taxa mais rápida do que no ano passado, aumentando a oferta da commodity no mercado global.
Exportação de café em grão
As exportações de café em grão do Brasil totalizaram 3,12 milhões de sacas de 60 kg em novembro (20 dias úteis), com receita de US$ 461,3 milhões. O volume é 9,09% mais alto do que o que foi registrado no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (30) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Mercado interno
Na semana passada, com picos de alta no mercado, os produtores brasileiros voltaram a atuar nas praças de comercialização. No entanto, hoje, de acordo com Marcus Magalhães, apesar da volatilidade externa, o mercado físico não teve liquidez. No entanto, o avanço do dólar ante o real ontem ajudou a sustentar os preços.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 541,00 e queda de 0,37%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 546,00 a saca e baixa de 0,36%. A maior variação no dia ocorreu em Varginha (MG) com alta de 1% e saca valendo R$ 505,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 500,00 a saca e alta de 1,01%. A maior oscilação dentre as praças no dia foi registrada em Patrocínio (MG) com valorização de 5,56% e saca cotada a R$ 475,00.
Na segunda-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve desvalorização de 1,37% com a saca de 60 kg cotada a R$ 465,53.
Bolsa de Londres
No caminho contrário de Nova York, as cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam em alta nesta terça-feira. O contrato novembro/15 encerrou a sessão cotado a US$ 1489,00 por tonelada com alta de US$ 11, o janeiro/16 teve US$ 1520,00 por tonelada com avanço de US$ 13 e o março/16 registrou US$ 1548,00 por tonelada com valorização de US$ 16.
Na segunda-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 375,88 com queda de 0,40%.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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