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A CRISE NO BRASIL

A recessão econômica terá duração de três anos e o que ainda segurou “um pouco” a tragédia foi o agronegócio. A afirmação é tanto do ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, quanto da jornalista Eliane Cantanhêde durante o 11º Circuito Aprosoja. As projeções para a retomada econômica, segundo os especialistas, apontam para uma aceleração em 2018.

O 11º Circuito Aprosoja, lançado na noite de 07 de julho, em Cuiabá, teve como tema “O cenário macroeconômico e as possibilidades em meio à crise”. O evento realizado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) conta com três momentos. Além do lançamento na capital mato-grossense, serão percorridos os 23 núcleos da Associação e haverá o quarto Circuito Universitário.

O Brasil, afirma a jornalista Eliana Cantanhêde, conta com uma perspectiva de ter três anos consecutivos de recessão, o que não ocorre desde a grande crise econômica vivida entre 1929 e 1930.

- Quando a gente olha a economia do Brasil ela foi praticamente destroçada nos últimos anos. E, quando olhamos o equilíbrio dos setores vemos que a indústria caiu seguidamente, bem como serviços e comércio. O que ainda segurou um pouco essa tragédia foi o agronegócio – afirmou.

A recessão de três anos, com aceleramento do crescimento da economia a partir de 2018, também foi pontuado pelo ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, que junto com Catanhêde foi um dos palestrantes da noite de lançamento do Circuito Aprosoja.

- O Brasil poderia ter estado em uma crise até mais profunda se não tivesse o agronegócio. Claro que ele sozinho não foi suficiente para que o Brasil tivesse um PIB positivo. Mas, certamente nessa fase de recuperação é fundamental o crescimento da produção do agronegócio – disse.

Conforme Loyola, o agronegócio é “relativamente protegido da crise por causa da capacidade de exportação”, mesmo enfrentando problemas com custos elevados e volatilidade do dólar, por exemplo.

Momento influenciou o tema

A escolha do tema, segundo o presidente da Aprosoja-MT, Endrigo Dalcin, vem de encontro ao momento pelo qual o Brasil e Mato Grosso passam.

- Nós estamos realmente vivendo uma crise política e econômica no país e em Mato Grosso. E, a crise está chegando e afetando o nosso setor agora. Tivemos uma crise climática e isso afetou a produção – falou.

O superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), Otavio Celidonio, destaca que o Circuito Aprosoja é fundamental para o produtor não apenas para levar o conteúdo do próprio evento ao setor, mas para mostrar as possibilidades existentes em capacitação também, como a questão da liderança.

Fonte: Olhar Direto



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