GRÃOS-SOJA

PLANTIO DE SOJA

O plantio de soja da safra 2018/19 do Paraná, segundo produtor da oleaginosa no Brasil, começou nesta semana. Foi o início mais precoce em pelo menos 5 anos, afirmou Departamento de Economia Rural (Deral) do estado nesta nesta sexta-feira (14).

Isso graças às chuvas, que deverão continuar nos próximos dias, com produtores vendo condições de umidade favorável para a germinação do grão.

Um início precoce do plantio da soja é importante para o estado, que tem semeado cada vez mais milho na segunda safra.

“Ano passado, ficamos até 28 de setembro sem chuva. Isso atrasou o plantio e a colheita, e atrasou o plantio da safrinha de milho depois”, disse o economista do Deral, Marcelo Garrido.

Quanto mais cedo o plantio da safrinha, melhor a janela para o desenvolvimento da safra. Se o cereal é plantado mais tarde, fica mais sujeito à falta de chuva ou geadas – este ano, o estado perdeu bons volumes pela seca.

Nos últimos dias, contudo, as mesmas precipitações podem ter prejudicado atividades mais intensas de plantio, disse Garrido.

“Como está chovendo em algumas regiões, é capaz de não ter evoluído muito o plantio, mas a perspectiva é melhor do que na safra passada, quando tivemos um setembro seco”, comentou.

Em 2018/19, a safra de soja do Paraná está estimada pelo Deral em 19,6 milhões de toneladas, o que seria um crescimento de 3% ante 2017/18, ficando atrás apenas do recorde registrado em 2016/17 (19,9 milhões de toneladas).

O Deral projeta o plantio em 5,45 milhões de hectares, com estabilidade ante a temporada passada.

Mato Grosso

As chuvas também começam a chegar ao Mato Grosso, que lidera na produção de soja no Brasil, mas os volumes serão um pouco menores no mesmo período, embora algumas áreas como o norte do estado devam receber cerca de 50 milímetros.

O vazio sanitário para plantio – como forma de evitar uma disseminação maior do fungo da ferrugem asiática– termina no sábado.

“Então, a partir do dia 16 é possível plantar. O que já deve estar ocorrendo são preparos de solo pré-plantio”, afirmou o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca.

Ele explicou que os produtores, em geral, aguardam maiores volumes de chuvas para iniciar os trabalhos, destacando que aqueles que “começam cedo são os que terão de plantar algodão”.

De acordo com a última pesquisa do Imea, publicada em maio pelo órgão ligado ao setor produtivo, o Mato Grosso deverá semear uma área recorde com a oleaginosa na safra 2018/19, a 9,58 milhões de hectares, aumento de 1,22 por cento sobre o atual ciclo 2017/18.

Mato Grosso e Paraná têm respondido por mais de 40 por cento da safra do Brasil, o maior exportador global da oleaginosa.

Fonte: Reuters



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