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TRIGO GARANTE SUBVENÇÃO, MILHO FICA NA ESPERA

Ainda à espera do repasse de R$ 300 milhões relativos a subvenção do seguro rural da safra 2013/14, o agronegócio brasileiro reivindica recursos para proteção da atual safra de milho de inverno. A Federação da Agricultura do Paraná (Faep) pleiteia R$ 58,5 milhões com este fim. Com as lavouras já implantadas, nenhum centavo teria sido liberado até agora.

R$ 300 milhões para subvenção a seguro de 2013/14 dependem de complementação orçamentária. Do total de R$ 690 mi, foram aprovados R$ 62 mi para culturas de inverno, mas o milho ficou de fora.

Os cálculos da Faep levam em conta a produção do milho segunda safra nos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Ao todo, 5 mil produtores demandariam o seguro, aponta o especialista da entidade, Pedro Loyola. Ele afirma que 70% dos recursos devem vir ao Paraná, principal estado usuário do serviço. No balanço mais recente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), válido para 2013, o milho de inverno consumiu R$ 30 milhões para a subvenção de 4 mil apólices.

- Se os recursos para subvenção ficarem abaixo da demanda pelo seguro, as empresas vão acabar escolhendo os produtores beneficiados – alerta Loyola.

Ele indica que isso pode resultar em um privilégio a áreas maiores, que tem prêmio superior. Pequenos e médios tenderiam a não contratar seguro nessas condições.

Havia expectativa de que a questão fosse solucionada na última reunião do Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural (CGSR), realizada na semana passada em Brasília. Entretanto, as novidades ficaram restritas ao trigo e outros cultivos de inverno como aveia, canola, centeio, cevada e triticale.

Trigo

O encontro definiu aporte de R$ 92 milhões para as seis culturas, exigindo que as seguradoras garantam, no mínimo, 60% da produtividade estimada para cada região em caso de perdas na lavoura.

- Ainda há tempo de fazer a liberação dos recursos para a safrinha, mas isso acaba sendo prejudicial para o desenvolvimento do produto, pois as seguradoras operam sem previsibilidade – aponta Loyola.

Fonte: Gazeta do Povo



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