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Tecnologia no campo exige treinamento e inclusão digital

Metodologias ágeis, treinamento com gamificação, profissionais capacitados para operar drones nas fazendas. Os avanços tecnológicos que estão transformando empresas e chegando aos departamentos de RH não pouparam as companhias do agronegócio. Para enfrentar os desafios específicos do setor como a distância dos grandes centros e a falta de conectividade nas fazendas, as empresas estão apostando em treinamento, programas de inclusão digital e tecnologias móveis. Na visão dos executivos do setor, esse processo caminha a passos largos e na esteira de uma profissionalização mais ampla demandada pela entrada de capital estrangeiro. Todas essas mudanças estão influenciando a estratégia de gestão de pessoas das empresas.

Na pesquisa “Valor Carreira – As Melhores na Gestão de Pessoas” deste ano, realizada pelo Valor em parceria com a consultoria Mercer, o agronegócio foi o setor com maior presença entre as empresas de destaque, contabilizando 6 das 35 vencedoras. Além de medir o engajamento dos funcionários, a pesquisa deste ano incluiu um índice de prosperidade que buscou identificar o quanto as empresas estão preparadas para crescer em um ambiente de negócios em constante transformação, levando em conta aspectos como a agilidade organizacional e adoção de novas tecnologias.

Há um ano e meio, a produtora de açúcar e etanol Tereos criou uma área de inteligência analítica específica para acompanhar a transformação digital da empresa. O departamento emprega cientistas de dados e estatísticos – vindos de diferentes setores como químico, automobilístico e de alimentos – para receber os dados registrados em tablets pelos operadores do campo, que observam variáveis de clima, aplicação de defensivos e manejo do solo, entre outros. Para acompanhar o ritmo, o RH agora também está estudando adotar uma ferramenta de “people analytics” para a safra 2019/20, usando dados dos funcionários para afinar o recrutamento e a retenção dos profissionais da companhia.

Na empresa de controle francês, os gestores das duas áreas agora recebem treinamento de “Scrum”, uma metodologia que surgiu na área de desenvolvimento de software e que propõe uma gestão de projetos mais ágil. Todos os funcionários espalhados pelas unidades da empresa têm acesso a uma plataforma de cursos on-line, no computador ou no celular. “A tecnologia não é e nem será capaz de substituir o contato humano, mas essas soluções ajudam os líderes a terem mais tempo para focar na gestão de pessoas”, diz Carlos Leston, diretor de recursos humanos.

Para Jorge Ruivo, presidente da Wiabiliza, que atende o setor com recrutamento e consultoria em recursos humanos, o alto nível alcançado pela agricultura de precisão fez “subir a régua” tanto na demanda por qualificação dos profissionais quanto nas práticas de gestão. A entrada de capital estrangeiro criou a exigência de inglês para executivos e o desenvolvimento de planos de carreira e salários, algo que ele percebe em ritmo acelerado também nas empresas de menor porte, que ainda não contavam com a estrutura das grandes. “Um operador de máquina hoje tem que ter um perfil bastante diferente de anos atrás. Se ele não souber ler todos os instrumentos e interpretar os dados, ele estará perdendo produtividade”, diz.

Matéria completa em: Valor Econômico.

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Fonte: Sistema FAEP



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