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SETOR PRODUTIVO ESTUDA AUMENTAR PRODUÇÃO DE CEREAIS EM SC

Os produtores rurais de Santa Catarina estudam a criação de um plano para estimular a produção de cereais de inverno voltado para ração animal e, consequentemente, abastecendo o setor de carnes no Estado. O objetivo é incluir o trigo, aveia e cevada na alimentação de suínos e aves, diminuindo a demanda por milho.

“Santa Catarina tem um déficit de 4 milhões de toneladas de milho por ano, que são importados de outros estados e países. Acreditamos que a produção de outros cereais para complementar a ração animal pode ser um passo importante para garantir a competitividade do agronegócio catarinense a longo prazo. Além de trazer uma alternativa de renda para os produtores rurais de Santa Catarina, que poderão aproveitar as lavouras também no período de inverno” ressalta o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Ricardo de Gouvêa.

O uso de cereais de inverno, como o trigo, cevada e aveia, para alimentação animal não é novidade, essa já é uma prática comum em outros países e que pode ser aplicada também em Santa Catarina. Embora no Brasil não existam cultivares desenvolvidas especificamente para produção de ração, os agricultores poderão utilizar algumas sementes já disponibilizadas pela Embrapa.

“Os cultivares que não tem um perfil tão estável para a panificação podem ser utilizados na ração sem problema nenhum. Inclusive com uma boa produtividade por hectare. Além disso, outros cereais como a cevada, aveia e triticale também são alternativas que podem compor a ração animal”, explica o pesquisador da Embrapa Trigo, Eduardo Caierao.

A intenção é dar condições para que os produtores rurais ocupem suas lavouras no inverno para a plantação desses cereais, que traz mais uma alternativa de renda, dilui os custos do produtor e não interfere na safra de verão.

“O trigo pode ser utilizado como um ingrediente normal nas rações. Para viabilizar a produção em Santa Catarina devemos pensar em um fator fundamental: o custo dos cereais deve ser competitivo tanto os produtores como para as agroindústrias. Toda cadeia produtiva deve estar comprometida para que o projeto tenha sucesso”, afirma Gouvêa.

 

Fonte: DATAGRO


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