café-onde-web

RESSURGINDO COM QUALIDADE

Três mulheres colocaram o café do Paraná entre os melhores do país em 2015. Elas foram premiadas no 12.º Concurso Nacional da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic).

O café paranaense ressurge com qualidade após a maior crise em mais de uma década. A colheita ficou reduzida a 560 mil sacas em 2014, volume pouco acima das 540 mil sacas de 2001. Em 2015, a colheita voltou a ultrapassar 1,2 milhão de sacas. Os prêmios da Abic mostram tendência de qualificar os grãos das áreas que sobraram após a geada de 2013.

Maria Aparecida Maciel Gomes, de Japira (Norte Pioneiro), foi duplamente premiada no concurso nacional. Ela venceu na categoria Microlote com nota 8,6 do júri técnico (numa escala de 0 a 10), que passou a 8,65 com a pontuação do júri popular e a avaliação de sustentabilidade. Essa pontuação garantiu a Maria Aparecida também o segundo lugar geral no concurso.

As outras duas paranaenses premiadas também são do Norte Pioneiro. Ceres Trindade de Oliveira Santos, de Joaquim Távora, e Eloir Inocencia Nogueira de Sousa, de Pinhalão, ficaram em terceiro lugar na categoria Café Natural e segundo lugar na categoria Cereja Descascado, respectivamente.

Com 8,55, Eloir ficou também em terceiro lugar geral. Com 8,25, Ceres alcançou ainda décimo lugar geral na concorrência nacional.

As notas dos cafés premiados do Paraná – entre 8,25 e 8,65 – não ficaram distantes da atribuída ao primeiro lugar. A principal colocação foi alcançada com 8,72 pontos pelo café de um produtor de Araponga (MG, Zona da Mata), João da Silva Neto.

O Paraná tem 53 mil hectares de café plantados, uma das menores áreas já registradas – 4,4% menor que a de 2014. Dessas, 8,55 estão em formação e 44,5 mil em produção. A área que está produzindo é 33,8% maior que a de 2014, ano posterior ao último grande golpe da geada na cafeicultura do estado.

Por outro lado, os cafezais ativos foram reduzidos a menos da metade na última década. Em 2006, 100 mil hectares davam café no Paraná.

Com metade da produção cafeeira do país, Minas Gerais teve somente um colocado entre os 11 premiados no concurso da Abic. Houve três do Paraná e três de São Paulo. Espírito Santo classificou dois e Bahia também dois.

Fonte: Gazeta do Povo



avatar

Envie suas sugestões de reportagens, fotos e vídeos de sua região. Aqui o produtor faz parte da notícia e sua experiência prática é compartilhada.


Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.