Preço do Café

PRODUTORES DE CAFÉ QUEREM MELHORA NO PREÇO

Os produtores de café em Minas Gerais enfrentam um momento delicado devido à queda de preços do grão. A safra recorde, projetada em 62 milhões de sacas segue pressionando ainda mais as cotações no mercado interno.

Atualmente, os produtores mineiros comercializam a saca de 60 kg entre R$ 370 e R$ 380, e o preço mínimo estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), parâmetro criado para manter o equilíbrio de mercado, é de R$ 362,57. Já o custo total de produção em Minas Gerais, calculado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é de R$ 428,12 por saca no sistema de produção mecanizada e de R$ 501,33 no sistema de produção manual.

“Basta fazer uma conta simples para verificar que, no ano passado, quando o preço de mercado do café verde chegou próximo de R$ 500 a saca, o produtor já vinha operando no limite. Agora, os cafeicultores mineiros, a maioria deles agricultores familiares, estão enfrentando uma grave crise financeira”, contextualiza Niwton Moraes, assessor especial de Cafeicultura da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Diante deste cenário, a secretária de Agricultura, Ana Maria Valentini, encaminhou, na última sexta-feira (12/4), um ofício à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, reivindicando apoio político a algumas providências mais imediatas para evitar um colapso no setor de produção.

“Como medidas emergenciais, solicitamos à ministra que promova a intermediação junto aos agentes financeiros para a negociação de prazos para o pagamento de financiamentos e o lançamento de um contrato de opção de venda para o café”, detalha.

O contrato de opção de venda consiste em um acordo firmado entre produtores e o governo federal, por meio da Conab, que prevê a aquisição de lotes a um preço previamente definido para possível entrega no próximo ano. Caso seja acatado, o contrato irá permitir que os cafeicultores mineiros tenham a opção de vender a produção para a Conab, se o valor de mercado estiver menor do que o negociado com o governo.

“Isso foi feito em 2013, quando a cafeicultura passava por uma situação parecida com a de agora. Sem o apoio do ministério, os produtores correm sério risco de enfrentar dificuldades para honrar com os compromissos domésticos e também para formar a lavoura do ano que vem”, adverte Moraes.

Fonte: Uagro



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