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PROCESSO DE FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO EM PLANTAS PODE REDUZIR EMISSÃO DE GASES DO EFEITO ESTUFA

Brasília (03/03/2016) – Considerada uma das tecnologias mais sustentáveis para agricultura brasileira, o processo de Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) tem despertado a curiosidade de produtores rurais que querem aumentar a produtividade no campo e implantar técnicas pelo Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Para falar sobre as possibilidades da tecnologia, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) se reuniram com representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na última terça-feira, na sede da entidade, em Brasília.

A fixação biológica é um processo no qual o nitrogênio presente na atmosfera é convertido em formas que possam ser utilizadas pelas plantas. De acordo com o pesquisador da Embrapa Agrobiologia, Segundo Urquiaga, o inoculante, produto que contém microrganismos formadores de nódulos nas raízes das plantas (rizóbios), é adicionado à semente no momento da semeadura para produzir enzima nitrogenase e captar o nitrogênio atmosférico. “A soja é uma das culturas que demanda grande quantidade de nitrogênio e com a fixação biológica, a qualidade do solo aumenta e o impacto causado por adubos nitrogenados reduz”, explica Urquiaga.

O pesquisador esclarece que a tecnologia da inoculação tem uma contribuição global, para os diferentes ecossistemas, de aproximadamente 260 milhões de toneladas de nitrogênio por ano, sendo que a contribuição específica na agricultura é estimada em 60 milhões de toneladas. “A Embrapa realizou pesquisas nas culturas de soja, milho, feijão comum e feijão caupi e constatou um aumento na produtividade, redução de custo e emissão de gases de efeito estufa provocados pelos adubos”, afirmou Segundo Urquiaga.

A também pesquisadora da Embrapa Agrobiologia, Cristhiane Amâncio, apresentou os resultados de estudo, revelando que o ingresso de nitrogênio via fertilizante ou fixação biológica no solo segue como uma das fontes mais importantes de nitrogênio para as culturas. “Essa tecnologia reduz o impacto ambiental que causa a perda de matéria orgânica do solo. Constatamos que a agricultura familiar é o setor da economia onde as técnicas microbiológicas são mais necessárias”.

Para o consultor da Área de Tecnologia da CNA, Reginaldo Minaré, as apresentações foram importantes para ampliar o conhecimento sobre técnicas alternativas de agricultura de baixo carbono. “A fertilização de plantas tem impacto significativo no custo de produção e a tecnologia é uma vertente para dar suporte também à recuperação de áreas degradadas”, revela Minaré.

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Fonte: Canal do Produtor



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