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Primeiros participantes do Agrinho tornam-se protagonistas na sociedade 23 anos depois

No meio de uma turma de adolescentes do Colégio Estadual Ubaldino do Amaral, em Santo Antônio da Platina, na região do Norte Pioneiro do Paraná, um menino aplicado se concentrava na explicação da professora Elizabeth Amaral, de língua portuguesa. O ano era 1998 e o nome do aluno Marcelo Gomes Costa, então com 12 anos. Ninguém poderia imaginar, mas aquele dia marcava o início de uma epopeia digna de um enredo de livro, uma viagem proporcionada pelo Programa Agrinho, desenvolvido pelo SENAR-PR, que ainda hoje está na memória coletiva de parte dos 45 mil habitantes da cidade e, principalmente, na trajetória de Marcelo.

Naquele dia, a professora de língua portuguesa explicou que os alunos deviam fazer uma redação para participar do Concurso Agrinho. O formato era livre, poderia ser fábula, conto, crônica, dissertação ou poesia. O tema deveria ser a adolescência. Do alto de seus 12 anos, de onde se consegue ver a vida adulta na ponta dos pés, mas ainda não se pode alcançá-la, o estudante cravou, em uma parte dos seus versos, uma lição atemporal sobre o ser humano: “Nosso corpo é uma arma poderosa. Na mão de quem sabe usar. É preciso saber se cuidar. É com o corpo que se pode amar.”

Esses versos fazem parte da poesia de Marcelo, premiada naquele ano no Concurso Agrinho. Hoje, aos 33 anos, casado e pai de Gabriel, de 10 anos (que participa do Agrinho todos os anos), Marcelo se lembra com ternura da viagem que fez para a capital do Estado, em 1998, para participar da cerimônia de premiação. Fala nostálgico dos passeios pelos pontos turísticos e dos prêmios que ganhou na ocasião, entre eles um computador. “Quando chegamos, fomos recepcionados no local do evento. Inclusive, eu nunca tinha ido a Curitiba até então. Foram professores e alunos do Paranáinteiro. Na hora que chamaram o meu nome e da professora foi uma emoção inesquecível”, descreve.

De volta a Santo Antônio da Platina, o feito do menino tomou páginas e páginas de jornais. A cidade estava eufórica com um de seus filhos reconhecido como destaque entre todas as regiões do Estado. Uma mobilização, então, Marcelo Costa e o filho Gabriel: duas gerações de participantes do Agrinho mudou para sempre a vida de Marcelo. O Colégio Casucha, instituição particular de ensino da cidade, ofereceu uma bolsa de estudos, onde o então estudante frequentou até concluir o 3º ano do Ensino Médio. “Essa exposição que eu tive no fim das contas teve muito mais valor do que o prêmio que ganhei por si só. O meu verdadeiro prêmio foi o estudo. É algo que não tem preço”, revela.

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Fonte: Sistema FAEP



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