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PREVISÕES OTIMISTAS

A demanda interna por óleo de soja deve mais do que dobrar nos próximos quatro anos, com a sanção no último dia 23 pelo governo federal da Lei 3.834/2015, que eleva em 1% a mistura de biodiesel no diesel fóssil ao ano, a partir de março de 2017. O índice, que hoje é de 7%, será de 8% a partir do próximo ano e será aumentado até 2019, quando chegará a 10% (B10). A legislação ainda prevê alta para 15% desde que após aprovação em testes de motores pelas montadoras. A previsão é da Associação de Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio).

O Paraná é o quarto maior produtor de óleo de soja do País, atrás de Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Goiás, conforme a entidade. O benefício será para toda a cadeia, que contará com previsibilidade para a produção, que pode ir de 13 milhões de toneladas de soja para 40 milhões até 2019.

- Hoje, o grande mercado brasileiro de soja é a China, mas, com o crescimento do biodiesel, teremos ganhos no mercado interno e previsibilidade – diz o presidente da Aprobio, Erasmo Carlos Battistella, que também é diretor presidente da BSBIOS, uma das três maiores indústrias do setor no País e que tem uma unidade industrial em Marialva. 

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) estima em 8,05 milhões de toneladas de óleo de soja esmagadas pela indústria neste ano. Cada 1% de elevação na mistura de biodiesel equivalerá de 2,2 milhões a 2,5 milhões de toneladas a mais de consumo interno de soja para esmagamento, o que também elevará a produção de farelo, aponta a Abiove. Isso porque 77% de toda a matéria-prima convertida em óleo vegetal no País vem da soja, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Para o gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flávio Turra, o aumento não será imediato. Foi dado um período de um ano para testes de montadoras e para toda a cadeia produtiva de soja se adequar à elevação de demanda.
Turra lembra que o programa de biodiesel oferece incentivos para a indústria que comprar de produtores familiares, que representam boa parte do setor no Estado, o que garante assistência técnica e maior remuneração ao agricultor.

- Não teremos aumento do preço da soja porque esse consumo interno maior será diluído em quatro anos e a produção aumentará, mas é importante e faz diferença para o produtor – conta. 

Capacidade

Essa demanda maior poderá ser atendida mesmo sem investimentos na indústria hoje. O gerente de Economia da Abiove, Daniel Furlan Amaral, afirma que o Brasil tem capacidade instalada de 59,4 milhões de toneladas, com produção efetiva em 2016 prevista em 40,7 milhões de toneladas. Além disso, há mais 6 milhões de toneladas instaladas, porém sem uso, segundo a Abiove.

- Tem muito a ser feito já com essa capacidade atual – falou.

Fonte: Folha Web



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