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PREJUÍZO COM O MILHO NO MT

Na safra 2014/15, antes mesmo do início da semeadura do cereal, o produtor mato-grossense já vinha se atentando a sua lucratividade. Desde dezembro, a taxa de câmbio tem se valorizado, com leve queda em janeiro e disparada em março, o que colaborou para a melhora do preço paridade. Para se ter ideia, em março a média do preço paridade para julho/15 atingiu patamar de R$ 15,57/sc, estando aproximadamente R$ 0,95/sc mais valorizada que a média de fevereiro, segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Contudo, mesmo com a sustentação do dólar nos preços, a margem de lucro do produtor ainda pode ser negativa, pois, se considerados o custo variável médio do Estado de R$ 1.746,15/ha e a produtividade média de 100 sc/ha, o agricultor teria prejuízo de R$ 1,89/sc. Desta forma, com as expectativas baixista para as cotações na CBOT e a instabilidade das oscilações do dólar, o produtor ficará cada vez mais “à mercê” da produtividade das lavouras para que sua margem passe a ficar verde.

 

Preços exportações

O preço paridade de exportação para julho/15 vem apresentando números melhores desde o começo deste ano. Se analisados o dólar, as cotações na CBOT e o prêmio para o porto de Paranaguá, é possível observar que em março do ano passado a paridade do milho para julho/14 atingiu média de R$ 15,58/sc, sendo sustentada principalmente pelo prêmio nesse mês, que registrou média de R$ 2,52/sc no contrato com vencimento em agosto/14.

Já no mês atual, o prêmio portuário demonstrou acentuadas quedas, podendo ser um dos motivos a maior concorrência do milho produzido em outros países, como Estados Unidos, em relação ao cereal do Brasil. Este fato, no entanto, não promoveu a queda do preço paridade para julho/15, pois as valorizações do dólar, somadas aos ganhos na CBOT em março, foram os novos pilares para a sustentação dos preços, amenizando assim as possíveis perdas no lucro dos produtores mato-grossenses.

 

Fonte: Imea



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