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PERDAS NO MILHO

A produtividade na região de Santa Rosa é de 7.080 quilos por hectare – 11% de perda em relação à projeção inicial em decorrência da falta de precipitação e intenso calor, principalmente nas Missões onde as perdas atingiram a média de 22,6%.

Na Fronteira Noroeste, as perdas foram menores, em média 6%. As lavouras da safrinha se apresentam desuniformes e com baixo potencial produtivo, com isso produtores destinam as plantas como oferta de forragem à alimentação animal.

As lavouras do milho-safrinha em floração e enchimento de grão devem se beneficiar da retomada da umidade do solo com as chuvas das últimas semanas, estancando as perdas e resultando num rendimento estimada em 2.700 quilos por hectare.

Na região de Soledade, o rendimento atual é de 2.800 quilos por hectare. Lavouras de milho com semeadura tardia e que se encontram na fase de enchimento de grãos se beneficiaram com as chuvas da semana, amenizando as perdas que atingem as lavouras tardias. Atualmente, a perda média é de 51% em relação à produtividade inicial esperada.

No Vale do Rio Pardo, onde se concentra a maior parte da área cultivada com milho do tarde pós-tabaco, a produção de grãos tem sido destinada à ensilagem, e a maior parte é comercializada; em Venâncio Aires, município com maior área de milho da região, aproximadamente 50% do milho safrinha que seria para grãos foi destinado para silagem.

Pelo lados de Bagé, as atividades de colheita das lavouras avançaram lentamente devido ao tempo úmido registrado na primeira metade da semana. Os grãos ainda apresentam umidade elevada que resulta em descontos significativos nas cerealistas e risco de perdas quando a armazenagem é feita nas propriedades rurais, para autoconsumo. A produtividade atualmente está em 1.600 quilos por hectare, correspondendo à perda de 55%.

No Norte, em Frederico Westphalen, a colheita se aproxima do final, chegando a 98% das lavouras, com grãos apresentando boa qualidade. O rendimento médio é de 6.840 quilos por hectare, 21% menor que o esperado inicialmente. Os híbridos mais precoces e semeados até a primeira quinzena de setembro apresentaram bom potencial produtivo, variando entre 7.800 e 9.600 quilos por hectare, potencial até 15% abaixo da expectativa inicial; já nas lavouras semeadas a partir de meados de setembro, as perdas pela estiagem foram maiores, com redução de até 35%.

Nas regionais da Emater de Erechim e de Ijuí, a colheita está encerrada. A produtividade média chegou a 7.880 quilos por hectare e a 7.260 quilos por hectare, respectivamente.

Na regional de Caxias do Sul, segue a colheita os municípios dos Campos de Cima da Serra e nos mais próximos de Caxias do Sul, onde é tradição semear mais tarde e deixar o grão secando na lavoura. O rendimento médio é de 4.944 quilos por hectare.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a colheita do milho avança, influenciada por dois motivos. O primeiro são os bons negócios que vêm sendo realizados, com preços próximos dos R$ 50,00/sc. de 60 quilos; o segundo, a finalização das atividades de colheita da soja.

Em São Lourenço do Sul e Pelotas, estão colhidos 80% dos cultivos. Em Canguçu, Pedras Altas e Turuçu, as atividades estão mais atrasadas, com colheitas realizadas em menos de 40% da área cultivada. A produtividade segue variando na região: em Piratini, 450 quilos por hectare; em Canguçu, 1.130; e em São Lourenço do Sul, 2.090 quilos por hectare. As perdas médias são de 69% em relação ao esperado.

Na região metropolitana de Porto Alegre, 95% das lavouras de milho estão colhidas – a colheita é manual na grande maioria das lavouras safrinha para grãos, por isso, parte da área cultivada ainda não foi colhida. Houve perda da produtividade pela estiagem, que ocasionou falhas no enchimento dos grãos, além de diminuição do tamanho das espigas e do volume de forragem. Em plantios do tarde de áreas pós-fumo e segunda silagem se esperava uma recuperação da cultura, mas vêm apresentando perdas acima da média.



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