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PARÁ PASSA A CONTAR COM ZONEAMENTO PARA MILHO E SOJA

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático – Zarc para as culturas de milho e soja no Pará, safra 2015-2016, foi divulgado besta terça-feira (20.10) em Belém. Os produtores que seguirem as recomendações previstas no instrumento de gestão de risco e nos calendários de plantio elaborados por município passam agora, pela primeira vez, a ter garantia de seguro rural caso haja perda de produção devido ao clima. O zoneamento será apresentado também no município de Paragominas, região nordeste do estado.
As áreas definidas para o plantio são as prioritárias para grãos, nos municípios com aptidão agrícola para milho e soja, conforme indicado nos zoneamentos ecológico-econômicos (ZEE) do Pará, sem causar impactos ambientais sobre recursos naturais por uso indiscriminado da terra. Segundo dados do IBGE para o ano de 2013, a área plantada de milho e soja no Pará corresponde a 221 mil e 189 mil hectares, respectivamente. Somente no polo de Paragominas, produtores e técnicos estimam que a área plantada de grãos já alcance 160 mil hectares.
"A atividade agrícola no Pará deve estar em conformidade com o ZEE do Estado, que começou a ser elaborado há dez anos pela Embrapa, depois de pronto originou leis estaduais em 2009 e 2010 e possibilitou a realização do zoneamento agrícola de risco climático. Precisávamos do ZEE para fazer o zoneamento para milho e soja, assegurando assim o uso adequado da terra", destaca Adriano Venturieri, pesquisador que coordenou os estudos do ZEE no Pará e chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental (Belém-PA), unidade descentralizada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Mapa.
O Zarc é um instrumento de política agrícola e gestão de riscos na agricultura, elaborado a partir de estudo da Embrapa sobre as exigências mínimas de cada cultura a ser zoneada. Após passar por revisão anual no Mapa, o zoneamento agrícola de risco climático é publicado em portarias divulgadas no Diário Oficial da União e no site do ministério, editadas por cultura agrícola e por Unidade da Federação, para vigência na safra Indicada.
As portarias resultam da análise e modelagem de dados de clima, solos e informações fenológicas (relacionadas às culturas). Os parâmetros são analisados a partir de metodologia validada pela Embrapa e adotada pelo Mapa. Para o Zarc da safra 2015-2016 de milho e soja no Pará, foram utilizados também dados do ZEE estadual e do Programa de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal – Prodes, em observância ao Código Florestal Brasileiro.
Além de ser a primeira vez que o Pará é contemplado com o Zarc para milho e soja, o Estado é também o primeiro a ter o resultado publicado (portarias 223 e 224, de 29 de setembro de 2015, da SPA/Mapa) do estudo produzido pela Embrapa em nível nacional para o zoneamento das duas culturas no Brasil.
"Há uma demanda atual do Mapa para atualizarmos informações sobre 27 culturas", informa o pesquisador Aryeverton de Oliveira, da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas-SP). Segundo ele, como um todo, já foram estudadas 59 culturas e 80 sistemas de cultivo diferentes para efeitos de zoneamento agrícola de risco climático ao longo dos últimos anos.  O primeiro zoneamento do gênero foi usado na safra 1996 para a cultura do trigo e desde então vem sendo utilizado como referência para aplicação racional do crédito agrícola, permitindo o acesso do produtor ao programas de garantia da atividade agropecuária (Proagro e Proagro Mais) e de subvenção ao prêmio do seguro rural (PSR).
Os trabalhos relacionados ao zoneamento de risco climático envolvem cerca de 80 profissionais de 21 unidades da Embrapa, dos quais 30 trabalharam especificamente com milho e soja. "O Zarc é algo dinâmico, em constante aprimoramento, e anualmente é feita revisão das recomendações publicadas nas portarias ", ressalta Balbino Evangelista, da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas – TO), unidade descentralizada da Embrapa que, além dos estudos de pesca e aquicultura, mantém um núcleo de pesquisa focado em sistemas agrícolas.
Entre os parceiros da Embrapa na elaboração dos zoneamentos agrícolas de risco climático estão o Instituto Agronômico do Paraná – Iapar, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – Epagri, Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, Instituto de Tecnologia de Pernambuco –  Itep e Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Sul – Fepagro.
Fonte: Embrapa Amazônia Oriental

Fonte: Canal do Produtor



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