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NOVAS PRAGAS, NOVOS RISCOS

Na última quinta, dia 10, especialistas estiveram reunidos em São Paulo para apresentar as novas pragas e apontar caminhos para a erradicação desses invasores, que já causam prejuízos aos produtores em várias regiões do país. Nos últimos meses, três novas pragas agrícolas foram detectadas, o que serviu para discutir a importância da defesa fitossanitária no Brasil.

Entre as novidades, a que mais preocupa até o momento é a Melanagromyza sp., também conhecida como Mosca-da-haste da soja, identificada no Rio Grande do Sul em julho deste ano. Trata-se de uma praga importante na Austrália, onde causa perdas de até 30% na produção de grãos. A Melanagromyza também está presente no Paraguai e Argentina, que podem ter sido a origem dos invasores encontrados no Brasil.

– É preciso mais agilidade. Paraguai e Argentina poderão fazer o controle da Melanagromyza mais facilmente, pois terão produtos disponíveis para o combate mais rapidamente. Eles já estão testando produtos. No Brasil, a burocracia deve retardar a chegada desses produtos –afirma Jerson Guedes, pesquisador da Universidade Federal de Santa Maria.

Outra ameaça também apresentada é uma nova variedade da lagarta Helicoverpa, que tem causado prejuízos bilionários aos produtores brasileiros nos últimos anos. Identificada no Ceará, aHelicoverpa punctigera é tão agressiva quanto sua “prima” armigera. Estimativas indicam uma perda potencial de até 16 sacas por hectare de soja, 54 sacas na cultura do milho e até 76 sacas no algodão.

A terceira espécie apresentada, já conhecida por muitos cotonicultores, é a Amaranthus palmeri, principal praga do algodão e soja nos Estados Unidos, identificada pela primeira vez no Brasil há alguns meeses no estado do Mato Grosso.

A falta de controle pode causar perdas de até 91% na cultura do milho, 79% na soja e 77% no algodão, segundo bibliografia norte-americana. A Amaranthus chama a atenção por não manifestar qualquer sintoma de fitotoxicidade após a aplicação de herbicidas, o que torna o seu combate ainda mais difícil.

Fonte: Projeto Soja Brasil



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