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MILHO EM ALTA

Os preços do milho no Brasil subiram 40% no RS entre julho e outubro de 2020, passando de R$ 50,00/saca para R$ 70,00; em Santa Catarina subiram 43%, passando de R$ 50,00 para R$ 71,50/saca na média (R$ 75,00 no Alto Vale do Itajaí nesta sexta-feira) e no Paraná subiram 39,5%, passando de R$ 48,00 para R$ 67,00/saca no mesmo período. Na B3 subiram ainda mais, atingindo R$ 75,92 para novembro. A grande pergunta é: podem subir mais? Sim, a análise matemática realizada pela TF Agroeconômica prevê a possibilidade de mais altas a curto prazo, embora haja fatores de baixa no caminho, introduzidos justamente nesta sexta-feira, como a retirada do imposto de importação de milho proveniente de fora do Mercosul. De qualquer modo, o milho paraguaio já chegava aos consumidores do RS e de SC a preços menores do que os preços locais.

MERCADO INTERNACIONAL

Os preços do milho em Chicago subiram 6,5% para a posição de dezembro na primeira quinzena de Outubro e 10,3% nos últimos trinta dias. Prêmios do milho brasileiro FOB Santos para dezembro passaram de +78 em julho para +150 nesta sexta-feira, 16 de outubro, alta de 92%. Fatores de alta *Relatório de estoques do USDA. A produção mundial de 2020/21 aumentou 3,47% em relação à de 2018/19, mas os estoques mundiais recuaram 4,07% no mesmo período. *Clima seco na América do Sul (2º e 3º maiores produtores mundiais) e na Ucrânia (4º maior produtor mundial) * Grãos concorrentes (soja e trigo) em alta, puxando o milho. Fatores de baixa *Vendas técnicas Além disso, o milho americano enfrenta problemas climáticos concorrentes. Atraso no plantio da soja brasileira atrasa implantação da Safrinha, da qual o Brasil obtém o maior volume de produção. Argentina também sofre com os problemas mencionados acima e a Ucrânia tem sofrido perdas significativas da seca. Vamos somar a situação na China, onde os preços aumentaram 30% devido à falta de cereal, o que impulsionou as importações, a maior parte dos EUA.

MERCADO NACIONAL

Fatores de alta * Estoques muito apertados * Atraso no plantio da safra de verão no Brasil * Dólar em níveis altos (os economistas falam que deveria estar a R$ 4,60 e está R$ 1,00 a mais, então é hora de aproveitar) * Preços das carnes exportadas permitem acompanhar a alta do dólar e do milho Fatores de baixa * Preços dos produtos não maciçamente exportados (leite e ovos) tem dificuldade de repassar o preço da matéria prima (milho); * Redução dos impostos de importação do milho podem pressionar os preços do mercado interno * Milho paraguaio já chega abaixo do preço do milho local no RS e em SC.

Fonte:  T&F Agroeconômica



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