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MERCADO “TÍMIDO”

O mercado brasileiro de soja teve uma semana de poucos negócios e de queda nos preços nas principais praças de comercialização do país. O mercado foi pressionado, principalmente, pela queda do dólar frente ao real. O feriado da terça também quebrou o ritmo dos negócios.

A saca de 60 quilos recuou de R$ 64,00 para R$ 63,00 na região de Passo Fundo (RS), entre os dias 16 e 23 de abril. No mesmo período, a cotação baixou de R$ 61,50 para R$ 61,00 em Cascavel (PR). Em Rondonópolis (MT), a cotação caiu de R$ 59,50 para R$ 58,50. Em Dourados (MS), o preço passou de R$ 57,00 para R$ 55,00, enquanto em Rio Verde (GO) recuou de R$ 60,50 para R$ 59,50.

O câmbio prejudicou os negócios. A moeda norte-americana se desvalorizou frente ao real, fechando a quinta abaixo de R$ 3,00, a R$ 2,981. Com isso a competitividade da soja brasileiro no mercado exportador é menor.

Outro fator que complicou as negociações foi a retomada dos protestos dos caminhoneiros. Mesmo que sem a mesma força, mas em plena colheita da nova safra, há prejuízos para o escoamento da safra. Resta acompanhar o desdobramento da questão ao longo da próxima semana.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), a semana foi de volatilidade. Na quinta, o balanço era positivo, com alta moderada e a posição julho fechando na casa de US$ 9,78 por bushel. A alta, no entanto, é pontual e reflexo de fatores técnicos.

Em termos fundamentais, o cenário segue negativo para a soja, em decorrência da ampla oferta mundial. Brasil e Argentina encaminham o final da colheita de safras recordes. Para completar, os Estados Unidos estão iniciando o plantio da maior área da história. Sem maiores problemas, a tendência é de que os americanos colham uma safra cheia.

Fonte: Safras & Mercado



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