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Manejo Integrado de Pragas no Trigo traz vantagens econômicas e ambientais

O Paraná é o maior produtor de trigo do país. Segundo dados da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), o Estado concentra 53,8% de toda área destinada ao cereal. A relevância desta cultura se explica pela importância estratégica do grão na cultura alimentar do brasileiro, em que pão, massas, bolos e biscoitos são itens indispensáveis nas refeições de norte a sul do país.

Desta forma, nada mais adequado do que capacitar os produtores para que a produção tritícola seja mais equilibrada e proporcione maior economia aos agricultores. Por isso, desde 2012, o SENAR-PR oferece o curso “Trabalhador da cultura do trigo – Manejo Integrado de Pragas (MIP)”, comumente chamado de MIP Trigo.

A estratégia desse sistema de manejo, amplamente utilizado em diversas culturas, consiste em utilizar os próprios organismos presentes na lavoura como insetos, aracnídeos, vírus, fungos e bactérias para combater pragas que causam prejuízos econômicos à produção. A chave para a eficácia desse sistema é o monitoramento constante. Apenas acompanhando de perto os talhões e verificando como estão se comportando as populações de insetos (tanto os “amigos” quanto os “inimigos”) é que será possível acompanhar as mudanças para tomar as decisões no momento certo.

Dentre os benefícios do MIP, estão lavouras mais equilibradas, menor risco de contaminação para aplicadores e – por fim – economia no número de aplicações de inseticida. Uma vez de olho na produção, o produtor só pulveriza quando a ação das pragas chega ao nível de dano econômico, e não de acordo com um calendário de aplicações, normalmente recomendado por empresas que vendem estes produtos. Ou seja, só aplica quando é realmente necessário.

Após fazer o curso em 2018, o produtor Anderson Cuppini, de Santa Izabel do Oeste, na região Oeste do Estado, reduziu pela metade suas aplicações de inseticidas. “Antes fazia quatro aplicações por safra. Depois do curso foram só duas”, revela. Com 50 hectares destinados ao cereal, a economia de Cuppini com o MIP chega a 30%. “Inseticida é muito caro”, pondera.

Curso
O curso possui 16 horas de duração, divididas em duas partes. Na teórica, os participantes aprenderão a reconhecer as pragas, seus inimigos naturais e as medidas de controle. Na etapa prática, os produtores e trabalhadores rurais vão a campo aplicar o que aprenderam.

Para o instrutor do SENAR-PR Miguel Vicente Ferri, que ministra o curso de MIP Trigo, além das vantagens econômicas, existem benefícios indiretos. “Além da redução do custo de produção, existe redução do risco de contaminação humana, animal e ambiental (solo e água), redução do risco de ocorrência de insetos resistentes aos inseticidas, melhoria na qualidade de alimentos e preservação de insetos benéficos, como polinizadores”, argumenta.

Além do MIP Trigo, o SENAR-PR oferece o curso MIP Soja, que acompanha as diversas fases de produção da oleaginosa.

Leia mais reportagens sobre o agronegócio no Boletim Informativo.

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Fonte: Sistema FAEP



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