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MAIOR PRODUTIVIDADE PARA O GADO DE CORTE

Propriedades acompanhadas pelo programa Bifequali de Transferência de Tecnologia, da Embrapa Pecuária Sudeste, tiveram um incremento de 30% na produtividade num período de cinco anos, em média. Além disso, o benefício econômico acumulado entre 2013 e 2018 ultrapassou R$ 23 milhões.

O impacto do Bifequali TT, que leva tecnologias aos pecuaristas de corte, com ênfase em capacitação de técnicos, está entre as 165 tecnologias e 220 cultivares avaliadas no Balanço Social 2018 da Embrapa. O documento é divulgado anualmente pela Empresa e apresenta o retorno social do seu trabalho para a sociedade. Segundo a publicação, lançada no final de abril, para cada real aplicado na Embrapa no ano passado, foram devolvidos R$ 12,16 para o país. Em 2018, a Instituição registrou lucro social de R$ 43,52 bilhões.

A ideia do programa de capacitação é treinar técnicos para tornar a atividade pecuária mais rentável e sustentável. Atualmente, existem propriedades sendo atendidas por profissionais capacitados em quatro estados brasileiros: Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo. O contato entre técnicos e pesquisadores permite também o alinhamento das pesquisas às demandas do setor produtivo.

Na propriedade, com a aplicação de tecnologias há aumento da produtividade e da renda, geração de empregos e conservação ambiental. Segundo Adilson Malagutti, coordenador do Bifequali TT, o impacto no bolso do pecuarista, comparando-se à situação anterior de sua inclusão no programa, é decorrente do aumento na produtividade da terra, de cada animal no rebanho e do trabalho.

“O controle dos custos, implantado pela atuação dos técnicos, permite a adoção de medidas que aceleram o sistema de produção, começando muitas vezes por estratégias simples, como a venda dos animais improdutivos, e evoluindo para ajustes de lotação, aumento na produção de forragem, dietas nutricionalmente balanceadas e preparação do sistema de produção para períodos de seca”, destaca Malagutti. 

Outro aspecto importante é a conservação ambiental nas fazendas participantes, destacam-se indicadores de qualidade do solo‖e da água. A vegetação nativa também passou a ser menos pressionada, porque as áreas de pastagem mais produtivas foram capazes de alimentar o rebanho.

Ainda, as condições de bem-estar animal melhoraram em função da adoção da tecnologia, principalmente em relação ao conforto térmico, nutrição adequada e disponibilidade de água de qualidade. De acordo com o coordenador, nos confinamentos, houve relatos de maior segurança em razão dos cálculos técnicos sobre área a ser disponibilizada para os bovinos, boas práticas de manejo e melhores condições nessas áreas.

Os beneficiários diretos do programa são os pecuaristas, que conseguem sua inserção social e econômica; dos técnicos, que capacitados exercem a atividade de assessoria técnica, e dos funcionários da fazenda, beneficiados pelo acesso ao conhecimento técnico e pela melhoria nas condições de trabalho.

“Indiretamente toda a sociedade beneficia-se com o aumento na produção de carne com qualidade nutricional e sanitária adequada”, ressalta o coordenador do programa.

Fonte: Embrapa



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