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FUNÇÃO ECONÔMICA DA AVICULTURA

us$ 1986/ton foi o valor médio recebido pela exportação de carne de frango em 2014. O montante é 4 vezes superior a média obtida com a soja (US$ 509/t.) e 11 vezes superior ao milho (US$ 188/t.), insumos base para a ração.

Mais do que maior participação de mercado, o ciclo de expansão da avicultura também se traduz em desenvolvimento econômico, principalmente no interior do Paraná. Das granjas que garantem equilíbrio a renda dos produtores rurais até frigoríficos que empregam milhares de pessoas nas cidades, o setor gera uma onda de benefícios que garante o dinamismo de economias regionais, conferiu a Expedição Avicultura 2015 em 1,9 mil quilômetros pelo Norte, Noroeste e Oeste paranaenses.

Indústrias lotadas de trabalhadores são indícios da importância econômica da atividade nas pequenas cidades. Em Cianorte (Norte), a Guibon Foods conta com mais de 2,1 mil funcionários, oriundos de 20 cidades da região.

- Também somos o maior pagador de impostos da cidade, respondendo por 20% da arrecadação total do município – detalha o diretor industrial do negócio, Hugo Bongiorno.

Associação tenta balizar custos dos produtores

O equilíbrio na cadeia avícola também exige ajustes na equação de receitas e despesas dos criadores de aves. Para isso, a categoria une forças para dialogar junto as empresas e ao mesmo tempo aliviar os custos de operação dos aviários. Essa é a proposta da Associação dos Avicultores do Oeste do Paraná (Aaviopar), com sede em Toledo e que concentra

Mesmo com a incorporação de máquinas de ponta, que reduzem a necessidade de esforço braçal, a demanda por mão de obra segue constante. A C.Vale, de Palotina (Oeste), já chegou a acumular 250 postos de trabalho abertos, nos quais faltavam profissionais para preencher as vagas.

- A automação não corta mão de obra, mas sim traz gente qualificada para dentro da indústria – explica o gerente do departamento avícola da cooperativa, Maykon Buttini.

A necessidade de trabalhadores abre espaço até mesmo para a contratação de pessoas oriundas de outros estados ou até mesmo do exterior, como o Haiti.

O efeito se repete no campo, onde a atividade otimiza o desempenho de pequenas propriedades rurais. Além de favorecer o fluxo de caixa dos produtores, garantido uma renda bimestral, também há valorização em cadeia.

- Nos últimos 25 anos o grande espírito empreendedor do campo foi a agregação de valor à produção. E tivemos os melhores resultados com o frango – defende o presidente da Coopavel, de Cascavel (Oeste), Dilvo Grolli.

Ele argumenta que enquanto uma tonelada de milho é exportada a US$ 160, em média, a mesma tonelada na forma de carne branca vale US$ 2 mil.

- Com esse modelo é possível garantir a sustentabilidade da produção do campo, permitindo o equilíbrio de mercado – salienta.

Fonte: Gazeta doPovo



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