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FERRUGEM NA LAVOURA DE CAFÉ

Pesquisadoras do Instituto Agronômico (IAC) e do Instituto Biológico (IB), órgãos ligados à Secretaria de Agricultura de São Paulo, destacam uma maior incidência de ferrugem nas lavouras de café do Estado. Uma das principais doenças do cafezal, a ferrugem pode reduzir em até 35% a produção do grão.

“Este ano a doença está muito agressiva em função do clima que tem altas temperaturas e chuvas desuniformes, foi muita chuva em novembro e pouca em dezembro, quando esquentou muito”, destaca a pesquisadora do IAC, Angelica Prela Pantano.

Segundo levantamento feito pelos dois institutos, na safra de 2018-2019, causa preocupação as elevadas incidências de ferrugem já em janeiro nas regiões de Campinas, Franca e Caconde. Foi observada a doença, nas áreas sem tratamento, em 44,4% das plantas da cultivar Catuaí, em Campinas, em 32% da cultivar Mundo Novo, em Franca, em de 33% e 53% nas cultivares Catuaí e Mundo Novo, respectivamente, em Caconde.

Por ser composta por um pó, a ferrugem tem fácil disseminação por vento e umidade.

“A folha doente cai no chão e o fungo permanece vivo; ao nascer uma nova folha ela já é contaminada”, explica a pesquisadora do IAC.

A ferrugem ataca somente as folhas, não incide sobre os frutos, mas ao causar a desfolha, compromete a safra do ano seguinte. Isso porque a planta gasta sua energia para fazer o novo enfolhamento, recurso este que deveria ser usado para a produção de fruto.

“Assim, não terá fruto, por isso o prejuízo acontece na próxima safra”, resume Angelica.

Há os cafeicultores que atuam preventivamente e iniciam o controle químico em novembro, totalizando, por safra, quatro pulverizações, sendo uma via solo e três foliares. O custo desse controle é de R$ 140,00 a R$ 180,00, por hectare, somente com os produtos, sem considerar a mão de obra. Em geral, o manejo preventivo é adotado por fazendas que miram o mercado de exportação.

Fonte: DATAGRO



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