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ETANOL NA ENTRESAFRA

A Cosan mantém a aposta em preços mais altos de etanol nos dois últimos trimestre da safra 2018/19, que se encerra em 31 de março, apesar da recente queda no valor da gasolina, concorrente direto do álcool, afirmou nesta quinta-feira o gerente-executivo de Relações com Investidores da companhia, Phillipe Casale.

 “A gente teve uma estratégia, desenvolvida desde o começo do ano, de maximizar a produção de etanol, e a gente tem também a estratégia de carregar esse etanol. Ainda temos expectativa de preços melhores nos últimos trimestres da safra”, destacou ele em teleconferência com analistas e investidores.

Casale não precisou valores para o biocombustível. Atualmente, nas usinas paulistas, sem impostos, os preços do hidratado estão em torno de 1,73 real por litro, conforme monitoramento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

A Cosan é parceira da Shell na joint venture Raízen Energia, maior grupo sucroenergético do mundo.

Conforme balanço divulgado na véspera, a Raízen Energia detinha, em 30 de setembro, 1,34 bilhão de litros de etanol em estoques, aumento de 50,7 por cento na comparação com igual data de 2017.

A exemplo de outras empresas do segmento, a Raízen Energia projeta preços remuneradores para o etanol na entressafra de cana, quando sazonalmente as cotações sobem.

Nas últimas semanas, contudo, o recuo dos valores da gasolina nas refinarias da Petrobras levou parte do mercado a apostar em uma competitividade não tão forte assim para o biocombustível nos próximos meses.

Na avaliação de Casale, isso não preocupa a Cosan, já que “a demanda por etanol continua muito forte”.

Ele descartou qualquer grande investimento pela Raízen Energia por ora, frisando que os aportes se dão em tratos dos canaviais, com renovação de 15 a 16 por ano das lavouras por ano.

Na véspera, a Cosan informou que a Raízen Energia produzirá menos açúcar do que o previsto na temporada 2018/19, após ter registrado uma queda na moagem no terceiro trimestre e direcionado mais cana para o etanol.

A companhia produzirá de 3,9 milhões a 4,1 milhões de toneladas de açúcar na safra 2018/19, ante previsão anterior de 4,2 milhões a 4,6 milhões de toneladas.

Entre outros assuntos, Casale disse que a desvalorização cambial registrada na Argentina pode retardar o recomposição de rentabilidade dos ativos adquiridos da Shell.

A conclusão da transação foi concluída em outubro.

Fonte: Reuters



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