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DÓLAR E ESPECULAÇÃO

A produção e os atuais patamares de preço da soja podem garantir ao produtor uma boa rentabilidade, suficiente para cobrir os custos de produção. A afirmação foi feita pelo analista Paulo Roberto Molinari, da Safras & Mercados, durante o evento “Dia de Mercado”, realizado nesta quinta-feira (08/10), em Luís Eduardo Magalhães, (BA), em palestra para mais de 130 pessoas, no auditório da sede do sindicato rural do município. Em sua exposição, ele traçou alguns cenários para o setor e para a economia brasileira, por conta do câmbio e do momento da economia brasileira.

- O que está acontecendo com o câmbio é reflexo do atual momento que estamos vivendo – justificou Molinari.

Ele afirmou que a alta do dólar favorece as exportações da oleaginosa e que o país deve ter demanda para exportação no próximo ano. O ambiente especulativo, na sua avaliação, é outro fator que pode beneficiar a comercialização da soja, gerando oportunidades de negociação de contratos na Bolsa de Chicago. Entretanto, há fatores que podem influenciar as vendas externas, como o ritmo de demanda da China, principal destino dos embarques do produto.

Em relação ao milho, a venda do grão segunda safra, ou milho safrinha, também pode ser beneficiada com o câmbio. Molinari falou ainda sobre a área plantada nesta safra 2015/2016, que vai depender do comportamento dos preços do milho. Ele explicou que o país tem embarcado maior volume do cereal para outros mercados, porque o preço está 20 dólares abaixo do mercado internacional. Se as exportações estão aumentando de um lado, a oferta no mercado interno pode reduzir no próximo ano, por conta da estimativa de redução de área plantada.

A palestra de Paulo Roberto Molinari encerrou a programação do “Dia de Mercado de Grãos”, na qual ele também falou sobre o cenário macroeconômico mundial. O evento foi promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB) e Sindicatos Rurais de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.

Preparo do solo

Na penúltima exposição do dia, o consultor e ex-pesquisador da Embrapa José Tadashi Yorinori, um dos principais fitopatologistas especializados em doenças da soja no país, falou sobre o manejo do solo para o controle de doenças na lavoura. Segundo ele, um dos requisitos fundamentais para evitar o aparecimento de doenças e pragas e a preparação adequada do solo, com no mínimo 30 centímetros de profundidade, precedido de um diagnóstico completo traçando o perfil do solo.

- O produtor rural deve conhecer, antes de tudo, o perfil do solo em que está plantada. Com adubação adequada, boas sementes e o plantio direto na palha, ele aumenta as chances de produzir mais e melhor – orientou.

José Tadashi explicou que, por conta de questões climáticas, muitas doenças tendem a aparecer. No caso de regiões secas, como o oeste da Bahia, a estiagem prolongada pode contribuir para o surgimento de doenças e pragas.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA



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