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DÓLAR CAI ANTE O REAL

O dólar caminhava para a terceira sessão de queda em relação ao real nesta sexta-feira, defendendo posição abaixo dos 4,10 reais, em dia de apetite por risco elevado no exterior com a visão de que dois obstáculos para os mercados globais — a guerra comercial entre Estados Unidos e China e o Brexit — chegaram ao fim.

Às 10:14, o dólar recuava 0,12%, a 4,0883 reais na venda.

Na B3, o dólar futuro caía 0,09%, a 4,089 reais.

Depois de mais de um ano de incerteza e ansiedade nos mercados, a Casa Branca chegou a um “acordo em princípio” com Pequim sobre o comércio, em um progresso que pode significar o fim de uma disputa prejudicial entre as duas maiores economias do mundo.

No acerto alcançado, os Estados Unidos suspenderiam as tarifas que entrarão em vigor sobre 160 bilhões de dólares em produtos chineses, e Pequim prometeu comprar mais produtos agrícolas dos EUA, informou a Bloomberg, sem mais detalhes.

Entretanto, nenhum dos dois países se pronunciou oficialmente ainda, e o silêncio de Pequim levou a questões sobre se os dois lados podem chegar a uma trégua em sua guerra comercial antes de uma nova rodada de tarifas entrar em vigor no domingo.

Na quinta-feira, após a notícia do acordo, o dólar à vista fechou a sessão em queda de 0,64%, a 4,0931 reais na venda, menor nível para um encerramento desde 6 de novembro.

Além dos sinais positivos na frente comercial, estava no radar nesta sexta-feira o resultado das eleições britânicas, com a vitória esmagadora do atual primeiro-ministro, Boris Johnson, elevando as esperanças de que o Reino Unido saia de forma organizada da União Europeia.

“O movimento de hoje está dentro do previsto”, disse Camila Abdelmalack, economista da CM Capital Markets. “O dólar está mais enfraquecido por conta do melhor apetite por risco, tanto pelo resultado das eleições no Reino Unido quanto pelo noticiário comercial EUA-China, e isso favorece as moedas emergentes.”

No exterior, o índice do dólar tinha queda acentuada de 0,54% contra uma cesta de moedas fortes. Em relação a emergentes pares do real, como o peso mexicano e o rand sul-africano, a moeda norte-americana registrava perdas.

Fonte: Reuters



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