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CULTIVOS DE HF NO RS

O grande volume de chuvas ocorrido em São Borja e em outros municípios da Fronteira Oeste, repôs os mananciais e restabeleceu as condições de umidade para os cultivos de olerícolas. Atualmente são realizados plantios de cenoura, beterraba, repolho e brócolis, entre outras espécies da estação, para suprir as entregas em mercados e feiras municipais. Em Quaraí, horticultores em intensa produção de mudas, realização de canteiros novos e adubação com compostos orgânicos para atendimento da feira do produtor e mercados institucionais. Porém, em Candiota, produtores aguardam chuvas com volume mais significativo para poder implantar as principais olerícolas. Produtores de abóbora de Cabotiá aguardam melhores preços de comercialização, pois o valor de R$ 0,40/kg não é satisfatório. Em Manoel Viana, a olericultura no município acumulou prejuízos de 50% com a estiagem, pois as culturas de baraço diminuíram sua capacidade produtiva. Os produtores preparam áreas de plantio das culturas de inverno e têm comercializado seus produtos com clientes na cidade, em entregas semanais. Em Uruguaiana, segue a colheita da batata-doce e da mandioca, comercializadas a R$ 1,30/kg e a R$ 1,70/kg, respectivamente. A comercialização de folhosas segue com interferência das limitações impostas pela pandemia, com redução aproximada de 40% no consumo. Na regional de Ijuí, a melhoria significativa nas condições climáticas possibilitou os trabalhos nas áreas de produção de olerícolas a céu aberto e o desenvolvimento das culturas. A diminuição das temperaturas, com formação de geadas em pontos isolados, não comprometeu as culturas beneficiadas pela alta insolação e elevação das temperaturas no período da tarde, favorecendo o crescimento das plantas.

De maneira geral, houve redução considerável no consumo e na circulação de pessoas nas feiras e aumento de procura nos mercados. Na regional de Santa Rosa, se aproxima do final a colheita de moranga, abóbora e outras cucurbitáceas. Produtores iniciam a colheita da batata-doce e estão satisfeitos com o tamanho das raízes. Após a boa quantidade de chuvas das últimas semanas, melhoraram as condições de umidade do solo, favorecendo o preparo e o plantio de novas áreas de hortaliças a campo. Produtores já realizaram o plantio de alho, em germinação e desenvolvimento vegetativo. As mudas de cebola estão em desenvolvimento e já inicia o transplante para o local definitivo. Iniciou também o plantio de ervilha. A produção em ambiente protegido continua normal. As temperaturas amenas favorecem o desenvolvimento das hortaliças e melhoram a produção e a oferta, principalmente das folhosas. Porém, as vendas são menores em função de estarem fechados restaurantes e outros pontos comerciais. Em alguns municípios, foi suspensa a compra de produtos da agricultura familiar para a alimentação escolar. Além da comercialização tradicional nas feiras, os agricultores oferecem outras modalidades, como a entrega domiciliar de sacolas previamente encomendadas pelas redes sociais, sendo uma alternativa de comercialização para minimizar a interrupção dos negócios com os mercados institucionais.

Na regional de Pelotas, os produtores ainda aguardam a confirmação de mais chuvas para esta semana, pois as precipitações da semana anterior foram pouco volumosas, entre cinco e 15 milímetros. Os olericultores profissionais enfrentam problemas sérios devido à falta de água nos reservatórios e açudes utilizados na irrigação e reduzem as áreas de semeaduras das hortaliças de outono e inverno, podendo haver escassez de produtos nos próximos meses. O mercado de hortaliças aos poucos está se adaptando e encontrando alternativas viáveis de comercialização. Todos os olericultores foram impactados tanto pela estiagem como pelas restrições de circulação devido à pandemia. Com a reabertura escalonada e parcial de bares, restaurantes, pequenas mercearias, quitandas, locais tradicionais de compra de olerícolas – principalmente folhosas, produtores rurais esperam a retomada gradual das compras e o aumento da demanda. 

Na regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, as chuvas ocorridas na semana favoreceram a olericultura em geral. Com esse cenário de umidade do solo, adequada para preparo, plantio e semeaduras, os olericultores começam a seguir o cronograma normal de atividades. Ainda há baixa oferta de determinadas espécies olerícolas em função da seca, principalmente tratando-se de áreas não irrigadas ou com restrição de volume de água para irrigação. Por outro lado, a radiação solar e a temperatura favorecem o crescimento e desenvolvimento das olerícolas. Há bom desenvolvimento das folhosas e temperos. Produtores de cebola preparam as sementeiras e áreas para cultivos em sistema de plantio direto de hortaliças (SPDH). Alguns produtores prepararam áreas para plantio e semeadura de cenoura e beterraba. Ainda em colheita o milho verde, principalmente na região do Baixo Vale do Rio Pardo, em Mato Leitão, e na comunidade de Mariante, em Venâncio Aires; o produto é comercializado a R$ 0,30/espiga. Na de Porto Alegre, as precipitações ocorridas permitiram retomar o ritmo de novos plantios nas regiões da Costa Doce e nos vales dos Sinos e do Paranhana. Produtores que produzem em cultivos protegidos e com sistemas de irrigação têm conseguindo assegurar boa produção; entretanto, ainda há incertezas relativas aos recursos hídricos disponíveis para irrigação. Em relação à produção das folhosas, não há perspectiva de escassez de alface, rúcula e das brássicas, pois na semana que passou foi realizada a semeadura em cerca de 80% do volume de bandejas de hortaliças semeadas no mesmo período do ano passado, sob condições normais. Produtores do Vale do Maquiné vêm restabelecendo o Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1607, p. 15, 21 mai. 2020 ritmo de implantação de canteiros. A situação de mercado foi mais favorável nesta semana, apesar de os volumes de oferta e procura ainda não estarem normalizados. Percebe-se aumento de preços, possivelmente pela baixa oferta, resultado da diminuição do ritmo de plantio no final de março. O atacado vem reagindo na procura. Os preços estão um pouco acima da curva histórica, mas medianos.

Fonte: Emater



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