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COUVE-FLOR DE INVERNO

Segundo dados do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (PROHORT), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a produção nacional de couve-flor em 2013 foi de 50.246 toneladas, sendo os principais estados produtores Rio de Janeiro, com 45% da produção nacional, seguido de São Paulo e Paraná, com 24 e 23%, respectivamente.

O estado do RJ, além de possuir o status de maior produtor, é tido como maior consumidor: neste ano, foram consumidas 23.203 toneladas da hortaliça, seguido do Paraná, com 12.468 toneladas e São Paulo, com 12.322 toneladas.

Opções

No grupo das variedades de couve-flor de inverno, existe o tradicional cultivar brasileiro, altamente exigente em temperaturas frias, de ciclo tardio e que produz grandes cabeças brancas. No entanto, a tendência atual é substituir os antigos cultivares pelos novos híbridos que vêm sendo introduzidos.

Como escolher

A escolha do cultivar deve ser criteriosa, considerando que existe uma intensa interação cultivar x clima. Os materiais de inverno exigem temperaturas baixas para desenvolver a inflorescência, com uma temperatura ótima, para formação de boas cabeças, de 14 a 20 °C.

Critérios para plantar no inverno

A época de plantio está muito relacionada com as exigências termoclimáticas do cultivar escolhido. Os materiais de inverno, que são exigentes em frio moderado ou intenso, não devem ser plantados em localidades com baixas altitudes e quentes, sendo adequados para locais com altitudes superiores a 800 m. Isso deve ser feito no período de março a junho.

Doenças da época

No cultivo da couve-flor de inverno, a doença denominada hérnia apresenta-se como a mais ameaçadora para as plantas. Ocasionada pelo fungo de solo Plasmodiophora brassicae, a hérnia apresenta como sintomas a hipertrofia dos tecidos radiculares, resultando em hérnias típicas, na parte aérea; amarelecimentos nas folhas; retardamento de crescimento; e murcha da planta em horas mais quentes do dia.

Favorecida pela baixa temperatura e umidade elevada, apresenta-se como um problema para o cultivo de inverno da couve-flor, principalmente em regiões de altitude. O controle é problemático, uma vez que os esporos permanecem ativos no solo durante anos, mesmo na ausência de plantas hospedeiras. Assim, ele requer uma longa rotação com culturas não pertencentes à família das brássicas.

Menos doenças

O plantio de couve-flor de inverno reduz a incidência de doenças, pois a condição de baixa temperatura não favorece a incidência das doenças e pragas mais comuns da couve-flor, como podridão-negra, podridão-mole, traça e pulgões.

Vantagens dos híbridos

O uso de variedades híbridas proporciona maior produtividade e uniformidade de tamanho de cabeça, visto que a preferência da dona de casa moderna é por cabeças de coloração branco-leitosa, pesando entre um e dois quilos.

Investimento

Com um custo de produção girando em torno de R$ 14 mil por hectare, o gasto com mão de obra representa cerca de 50% dos custos de produção. Ao considerarmos o ciclo que varia de 100 a 130 dias, conforme o cultivar plantado, o retorno do investimento é rápido.

Viabilidade

Ao avaliarmos uma produtividade média de 30 t/ha e um valor de R$ 1,06 por quilo – valor médio encontrado nas Centrais de Abastecimento (CEASAS), em meses de comercialização da produção de inverno no ano de 2013, segundo dados do Prohort –, é possível obter uma renda bruta de R$ 31.800,00 por hectare cultivado. Isso garante ao produtor um lucro de R$ 17.800,00 por hectare.

Fonte: Campo e Negócios



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