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Comissão de suinocultura aborda peste suína e febre aftosa

A sanidade foi um
dos principais assuntos abordados na reunião da Comissão Técnica de
Suinocultura da FAEP, ocorrida na manhã desta quinta-feira (28), na sede da
Federação, em Curitiba. A programação incluiu a atualização de casos de Peste
Suína Clássica (PSC) em estados do Nordeste e um cenário de perspectivas para a
suinocultura com o fim da vacinação contra a febre aftosa em território
paranaense.

O coordenador do
programa de Vigilância de Prevenção de Doenças de Suínos da Agência de Defesa
Agropecuária do Paraná (Adapar), João Humberto Teotônio de Castro, detalhou os
últimos focos de PSC, registrados na região Nordeste, entre 2018 e 2019. Foram
49 casos no Ceará; 16, no Piauí; e dois em Alagoas. “Este vírus é considerado
endêmico lá [no Nordeste]. É uma situação bem diferente da nossa. Os Estados de
lá não veem a suinocultura como um bem a ser tutelado. Tanto que nem cadastro
oficial de suínos há”, disse.

Teotônio de Castro
integrou uma das missões de cooperação da Adapar, que ajudou no saneamento de
focos da PSC no Nordeste. Em sua apresentação, o coordenador mostrou fotos da
expedição, que mostram a forma doméstica e amadora como culturalmente os suínos
são criados naquela região. O médico veterinário também falou dos sintomas da
doença, como conjuntivite, infecções respiratórias e casos de animais amontoados.
“O importante é estarmos preparados para agir, caso aconteça alguma emergência
sanitária”, afirmou.

Febre aftosa

Teotônio de Castro
também apresentou os horizontes para a suinocultura com a retirada da vacina
contra a febre aftosa. Para o agenda da Adapar, a iminência do reconhecimento
internacional do Estado como área livre de aftosa sem vacinação deve trazer
boas perspectivas econômicas não só para a bovinocultura, mas para toda a
pecuária, inclusive para a cadeia da suinocultura.

“O contexto é o
seguinte: quem vacina contra a aftosa tem um patamar de preço, quem vacina tem
outro. Suspendendo a vacinação, nosso produto tem valorização e a gente
consegue acessar mercados que pagam melhor pelo produto”, resumiu. Até o início
deste ano, 64% do mercado mundial estva fechado para os produtos da
suinocultura do Paraná, porque o Estado ainda vacinava seu rebanho. Com o fim
das campanhas de imunização, os suinocultores paranaenses poderão disputar
esses novos destinos comerciais.

Para o ano que vem

Na reunião, a
técnica do Sistema FAEP Nicolle Wilsek também adiantou algumas das primeiras
atividades do colegiado programadas para o ano que vem, como a publicação de
uma cartilha relacionada à questão dos javalis no Paraná e a realização de um
dia de campo sobre a Lei da Integração e o regimento das Comissões de
Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs). O
presidente da comissão, Reny Gerardi de Lima, fez um balanço positivo da cadeia
produtiva, neste ano.

“Suinocultura é
uma das atividades fortes do agronegócio no Paraná. Temos uma das melhores
suinoculturas do mundo. Cabe a nós fazermos cada vez melhor”, disse.

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Fonte: Sistema FAEP



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