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CHUVAS PROPORCIONAM ÓTIMA SAFRA DE VERÃO

O início do período úmido não teve atraso este ano na região central do Brasil, e agora em dezembro a chuva não dá muito trabalho. No Sul, os volumes são maiores, especialmente na parte oeste da região, mas não é chuva constante que provoque alagamentos ou prejudique o crescimento das lavouras.

A maior intensidade das chuvas ocorre tanto pela passagem de frentes frias quanto pela formação de instabilidades nos países vizinhos, que avançam para o Sul. No Sudeste e Centro-Oeste, chove mais no começo do que no final do mês, com a formação de muitas áreas de instabilidade, que não chegam a deixar o tempo completamente fechado. No Norte, a chuva vai chegando devagar, a começar pelo sul da região. No Nordeste, especialmente na Bahia, a tendência é de tempo mais seco em dezembro, especialmente a partir do dia 15, quando o ar quente volta a ganhar força sobre a região.

O mês de dezembro reserva chuvas abundantes para a região equatorial, que vão alcançar as regiões centrais da África e da Indonésia, beneficiando principalmente as culturas de algodão e a produção de borracha natural.

O Leste Europeu, considerado uma nova fronteira para a expansão agrícola, sobretudo de grãos, terá chuvas acima da média, beneficiando o plantio das culturas de inverno, de ciclos curtos. No Hemisfério Norte, as colheitas estão em seus momentos finais. China e Rússia terão regimes pluviométricos pouco abaixo da média histórica. No outono, a produção fica muito associada ao cultivo de flores, legumes e verdura.

As zonas agrícolas do Brasil e da Argentina atravessam o mês de dezembro com chuvas acima da média, que irão beneficiar as culturas de grãos nesse importante período de desenvolvimento.

Os Estados Unidos, depois da alta produção de cereais, estarão na entressafra, com culturas de outono semelhantes às europeias. Chuvas nas costas leste e oeste, beneficiando as regiões mais ao sul.

A Índia não terá condições adversas neste mês, sobretudo para a produção da cana, que receberá chuvas dentro de sua média histórica. (Celso Grisi, FIA/USP)

Chuva ligeiramente acima da média e calor no centro-oeste do Brasil são favoráveis às pastagens em dezembro. As condições estão melhores em comparação ao mesmo período do ano passado. No entanto, a chuva acima da média pode ser prejudicial para atividades em confinamento, afetando o ganho de peso dos animais.

As águas do Oceano Pacífico equatorial estão mais quentes que o normal e o El Niño entra em contagem regressiva. Muitas pessoas estão se perguntando se o fenômeno vai mesmo acontecer, já que, mesmo com o oceano aquecido, ainda não há a clássica chuva volumosa no Sul e a seca no Nordeste.

Mas não há dúvidas: o verão será mesmo regido pelo El Niño. Os efeitos ainda não estão sendo sentidos porque o fenômeno não está completamente formado. Só a partir de janeiro é que as características do El Niño serão percebidas. Mas não será muito forte desta vez: a expectativa é de um fenômeno de moderado a fraco. Como consequência, haverá bastante chuva no Sudeste em janeiro e veranico em fevereiro. No Nordeste e na maior parte do Norte, a chuva de janeiro e de fevereiro fica ligeiramente abaixo da média e o calor aumenta. No Sul, chuva irregular, mas volumosa.

Fonte: Globo Rural



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