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CAI A PARTICIPAÇÃO DO FRANGO NA RECEITA DAS CARNES

Considerados os cinco primeiros meses de 2019 observa-se alguma recuperação. Mas analisado um espaço de tempo mais amplo – os 10 últimos anos, por exemplo – constata-se que a carne de frango vem perdendo participação na receita cambial das carnes.

Obviamente, isso decorre de dois fatores – volume e preço das duas carnes. No tocante ao volume, ambas evoluíram nesta última década, mas o incremento da carne bovina foi bem maior, de quase 60% entre 2008 e 2018 (o recorde foi registrado no ano passado, com cerca de 1,354 milhão de toneladas de produto in natura).

Já a carne de frango chegou a 2018 com, aproximadamente, 3,818 milhões de toneladas de produto in natura. E isso representou menos da metade do aumento obtido pela carne bovina, ou seja, incremento de 28% sobre os 2,980 milhões de toneladas de 2008.

No que diz respeito ao preço, tanto a carne bovina como a de frango fecharam 2018 com valores médios inferiores ao recorde registrado em 2011 (carne bovina: US$5.078/t; carne de frango: US$1.977/t). Mas, comparativamente a 2008, novamente a carne bovina registrou melhor desempenho, pois os US$4.180,4/t do ano passado representaram aumento de, praticamente, 30%, enquanto os cerca de US$1.540/t da carne de frango ficaram não mais que 5% acima dos US$1.461/t de 2008.

A despeito da perda de participação – ocorrência natural, sobretudo na medida em que a carne bovina vai obtendo, tanto interna como externamente, seu justo preço – a carne de frango permanece como principal contribuinte da receita cambial das carnes. Em 2018 propiciou 47% da receita total, cerca de 13% a menos que em 2008 (54%), enquanto a participação da carne bovina ficou em 45% (32% a mais que os 34% de participação de 2008).

E uma vez que a participação dessas duas carnes, somadas, subiu de 88% para 92% do total, fica claro que, além da carne de frango, também a suína perdeu participação. Neste caso, o índice de redução foi ainda maior que o do frango, de 33% (participação reduzida de, aproximadamente, 13% em 2008 para menos de 9% em 2018).

Fonte: Avisite



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