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CADEIA PRODUTIVA DE GRÃOS EM EXPANSÃO NO TOCANTINS

A produção de grãos no Tocantins tem se mostrado cada vez mais crescente, atraindo a atenção de produtores, pesquisadores e do Governo. Este ano, por exemplo, a Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins  (Agrotins Brasil 2015), considerada a maior feira de tecnologia agropecuária da Amazônia, tem como tema Cadeia Produtiva de Grãos. Já os dados do 7º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apontam que a safra 2014/2015 terá um crescimento de 12,9% em relação a anterior.

O secretário de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária, Clemente Barros Neto, destacou que o crescimento tem sido principalmente na produtividade por áreas já exploradas.

- A nossa produção tem crescido quase que exclusivamente em função do aumento de produção e ainda temos muito o que crescer. O milho, que ainda tem uma baixa produção, produzimos uma média de 4 mil a 5 mil quilos por hectare, e em outros Estados, a produção vai de 8 a 9 mil por hectare. E com a adoção de tecnologias podemos dobrar o que estamos produzindo sem fazer novos desmatamentos – ressaltou Neto.

Ainda de acordo com o levantamento da Conab, este ano, o Estado vai produzir 3,79 milhões de toneladas de grãos, tendo como destaque a produção de soja, com 2,3 milhões de toneladas, seguida pelo milho, com 782 mil toneladas, e arroz, com 585 mil toneladas.  

- Precisamos evoluir para um segundo passo diante desse cenário. Já demos o primeiro passo, o de sermos um Estado produtor de matéria-prima, temos agora que destravar a agroindústria e a industrialização – disse ele.

Cadeia produtiva

O desenvolvimento da cadeia produtiva de grãos está além do processo de produção e envolve diversos setores até o produto chegar à mesa do consumidor. Neste sentido, o secretário de Infraestrutura, Sérgio Leão, destacou o trabalho que o Governo já vem fazendo para facilitar o escoamento da produção.

- A nossa principal meta é que todas as rodovias do Estado tenham condição de trafegabilidade e escoamento da produção. O empresário faz o investimento baseado no escoamento de produção e por isso trabalhamos pensando também nesse setor – explicou ele.

Armazenamento

Ainda de acordo com Clemente Barros Neto, um dos grandes desafios do Estado está ligado ao armazenamento da produção.

- É um foco prioritário do Governo. Vamos buscar, junto aos financiadores, financiamentos adequados aos produtores para que a iniciativa privada possa se adequar a esse tipo de estrutura, o que é muito válido na hora da comercialização. Com o armazenamento, os produtores podem, inclusive, esperar a melhora de preços para colocar seu produto no mercado – ressaltou.

Agroindústria

Organizada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura e vinculadas, Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), Instituto de Desenvolvimento Rural (Ruraltins) e Instituto de Terras do Tocantins (Itertins), em parceria com empresas, instituições de pesquisas educacionais, dentre outros, nesta edição, a Agrotins colocará em foco a política do Governo de desenvolver a agroindústria no Tocantins.

A Feira será realizada de 5 a 9 de maio e deve contar com a participação de 530 expositores, em uma área de 790 mil m². E durante esse período, estarão em destaque as principais novidades para o agronegócio de alto desempenho, transferindo tecnologia para todas as etapas do setor produtivo, minimizando os custos e potencializando os resultados, por meio das mais avançadas técnicas disponíveis no mercado.

De acordo com o secretário da Agricultura, o Governo do Estado quer fazer do Centro Agrotecnológico, onde acontecerá o evento, um local de desenvolvimento de tecnologias que ajudam a fortalecer a agroindústria no Tocantins.

- São pesquisas não só do Governo, mas da iniciativa privada, elas atuam com a criação de unidades demonstrativas, desenvolvimento de tecnologias que, com certeza, são de grande importância para o desenvolvimento da agroindústria –  ressaltou o secretário.

 

Experiências

No Tocantins desde 2012, a Granol, empresa brasileira dedicada à produção e comercialização de grãos, farelos, óleos vegetais, glicerina e biodiesel, começou a operar inicialmente com a produção de biodiesel, e, em 2013, começaram as obras de expansão da planta fabril para esmagamento de soja.

O diretor da empresa, Juan Diego Ferrez, destacou a participação do Estado na atração de agroindústrias.

- O Governo cria condições, através dos incentivos, para que as indústrias se instalem e assim o setor privado gere investimentos,  gere emprego, traga tecnologia e é realmente a forma mais eficiente de gerar desenvolvimento. O Estado governa e o setor privado faz a sua parte, então, nós estamos nesse caminho, desenvolvendo a produção industrial com a produção de biodiesel e no esmagamento de soja – explicou Ferrez. 

 

Fonte: Seagro



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