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ARROZ E FEIJÃO FICAM 6% MAIS BARATOS

O arroz e o feijão apresentaram redução maior do que 6%, cada um. Isso é o que aponta levantamento semanal da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) feito nas sete cidades da região – com exceção de Rio Grande da Serra.

Apesar disso, o custo total da cesta básica apresentou alta de 0,94% em relação à semana passada, indo de R$ 484,69 para R$ 489,23, ou seja, custando R$ 4,54 a mais. Ao que parece, as reduções que aconteceram há sete dias, quando o conjunto de itens chegou a ficar R$ 2,30 mais barato do que a semana anterior, já foram compensadas.

Mesmo assim, o encarecimento do conjunto de itens de primeira necessidade – calculado com base nos gastos mensais de família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) – não influenciou no preço dos grãos. O quilo do feijão recuou de R$ 2,82 para R$ 2,63, 6,74% a menos. Já o pacote de arroz de cinco quilos, que antes custava R$ 10,06, agora é encontrado por R$ 9,42, o que representa 6,36% de queda.

Para o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto, o preço desses dois produtos tende a oscilar, já que hoje existem muitas marcas de arroz e feijão no supermercado, que competem entre si, e precisam se utilizar de preços mais acessíveis para se destacarem.

- Como fazemos a pesquisa com base na marca mais barata, já chegamos a verificar que o feijão chega a variar em 100% entre uma marca e outra – afirma.

Mais caro

O preço da carne voltou a subir nesta semana. Com expansão de 5,33% no quilo dos cortes traseiros, a média de preço foi de R$ 20,08 a R$ 21,15. Já a carne de segunda subiu 0,93%, de R$ 15,65 para R$ 15,70. Mas as altas não ficam apenas por conta da carne vermelha. O frango também teve crescimento, de 1,82%, passando de R$ 4,94 para R$ 5,03.

Na semana passada, o preço do acém (carne referência de segunda) teve redução de 3,83%, enquanto nesta, as proteínas não escaparam da inflação. De Benedetto explica que, no inverno, é comum que os preços aumentem.

- Há mais investimento com o gado, principalmente na alimentação, e os produtores repassam o gasto para o consumidor – justifica.

Ele comenta, ainda, que a alta do dólar, hoje em R$ 3,04, influencia também, já que a carne é cotada internacionalmente.
Como alternativa ele indica criatividade na hora de cozinhar.

- Opte pela carne de segunda, que, apesar de mais barata, só é mais dura. Se usar cozido dá pra fazer vários pratos, como a sopa, ótima no inverno – indica ele.

Hortifrúti

A inflação de 5,9% no preço de frutas, legumes e vegetais também influenciou na alta da semana. Mesmo com o fim do mês próximo, os produtos do setor de hortifrúti não param de crescer. O quilo do tomate, por exemplo, chegou ficar 21% mais caro (R$ 1,35), atingindo a marca dos R$ 7,78.

- Essa época do ano é historicamente o momento mais caro para o tomate. Ano passado, foi o preço mais alto do ano, chegando em R$ 7,78 e, em 2013, chegou a R$ 9  – explica De Benedetto.

O tempo frio e seco contribui ao encarecimento.

A cebola também foi uma das vilãs, com 28,48% de alta no quilo, custando R$ 5,82 – a alta decorre do fato de ela ser importada da Argentina.

Fonte: Diário do Grande ABC – Santo André



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